
Tira Dúvidas
Primeira República: 41 anos marcados por monopólio político e conflitos
11 de Outubro de 2023O período iniciou-se em 1889, quando aconteceu a Proclamação da República e terminou em 1930, quando Getúlio Vargas assumiu o poder.
Muitos republicanos se decepcionaram com os primeiros governos e criticaram a arbitrariedade praticada pelos presidentes. Essas questões geraram conflitos armados ocorridos tanto na cidade, como a Revolta da Vacina (1904), quanto no campo, como a Guerra de Canudos (1896-1897).
Revolta da Vacina
O conflito está ligado ao processo de Reforma Urbana do Rio de Janeiro. No referido contexto, a cidade era formada por vielas estreitas e sinuosas, úmidas, sujas e mal iluminadas. Eram também, foco permanente de doenças, sobretudo a peste bubônica e febre amarela.
Em função da Reforma, muitas pessoas foram desalojadas de suas casas (os famosos cortiços) e obrigadas a se deslocar para morros. Foi no cenário destacado, que outra política pública gerou profundo descontentamento: a vacinação obrigatória contra a varíola. O estopim da rebelião popular foi em novembro de 1904, devido a uma lei que determinava a obrigatoriedade de vacinação contra a varíola.
Revolta de Canudos
Já este evento, está ligado ao processo de miséria e abandono da população sertaneja do nordeste. A carente e miserável população formou uma comunidade agrícola e autossuficiente. A comunidade abrigou aproximadamente 15 mil pessoas, as quais não pagavam impostos (para o governo republicano), não trabalhavam como semiescravas (para os latifundiários do decadente açúcar) e, também, não frequentavam a Igreja Católica (apesar de serem muito religiosos).
Por acreditarem na volta do Rei D. Sebastião (morto em 1578, lutando contra muçulmanos no Marrocos - o famoso Mito do Sebastianismo), os membros da comunidade de Canudos foram acusados de defensores da Monarquia, em um cenário de início da República. A acusação foi o pretexto para que o governo federal enviasse o exército para destruir completamente a comunidade.
Violência na República Velha
Esta época foi bastante agressiva. Outros movimentos foram destaque:
- Revolta da Chibata: em 1910, uma rebelião de marinheiros era contra o tratamento que recebiam dos oficiais da marinha, em especial os castigos corporais

- Guerra do Contestado: aconteceu entre 1912 e 1914 e foi uma espécie de repetição de Canudos, porém na fronteira entre Paraná e Santa Catarina, devido ao processo de expulsão de camponeses de suas terras, para construção de uma ferrovia ligando o Paraná até o Rio Grande do Sul.
Monopólio Político
O predominância política monopolizada também pode ser questionada nas provas, pois possibilita abordar as práticas que mantiveram os oligarcas no poder por várias décadas, como o voto de cabresto (pressão por força ou troca de favores sobre eleitores, já que o voto não era secreto), a Política dos Governadores e a do Café com Leite (acordos entre Governo Federal e Estaduais, para que determinados candidatos que representavam os interesses dos cafeicultores fossem sempre eleitos).
O monopólio político supracitado garantiu que as oligarquias cafeicultoras de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, se mantivessem no poder até 1930.
O período iniciou-se em 1889, quando aconteceu a Proclamação da República e terminou em 1930, quando Getúlio Vargas assumiu o poder.
Muitos republicanos se decepcionaram com os primeiros governos e criticaram a arbitrariedade praticada pelos presidentes. Essas questões geraram conflitos armados ocorridos tanto na cidade, como a Revolta da Vacina (1904), quanto no campo, como a Guerra de Canudos (1896-1897).
Revolta da Vacina
O conflito está ligado ao processo de Reforma Urbana do Rio de Janeiro. No referido contexto, a cidade era formada por vielas estreitas e sinuosas, úmidas, sujas e mal iluminadas. Eram também, foco permanente de doenças, sobretudo a peste bubônica e febre amarela.
Em função da Reforma, muitas pessoas foram desalojadas de suas casas (os famosos cortiços) e obrigadas a se deslocar para morros. Foi no cenário destacado, que outra política pública gerou profundo descontentamento: a vacinação obrigatória contra a varíola. O estopim da rebelião popular foi em novembro de 1904, devido a uma lei que determinava a obrigatoriedade de vacinação contra a varíola.
Revolta de Canudos
Já este evento, está ligado ao processo de miséria e abandono da população sertaneja do nordeste. A carente e miserável população formou uma comunidade agrícola e autossuficiente. A comunidade abrigou aproximadamente 15 mil pessoas, as quais não pagavam impostos (para o governo republicano), não trabalhavam como semiescravas (para os latifundiários do decadente açúcar) e, também, não frequentavam a Igreja Católica (apesar de serem muito religiosos).
Por acreditarem na volta do Rei D. Sebastião (morto em 1578, lutando contra muçulmanos no Marrocos - o famoso Mito do Sebastianismo), os membros da comunidade de Canudos foram acusados de defensores da Monarquia, em um cenário de início da República. A acusação foi o pretexto para que o governo federal enviasse o exército para destruir completamente a comunidade.
Violência na República Velha
Esta época foi bastante agressiva. Outros movimentos foram destaque:
- Revolta da Chibata: em 1910, uma rebelião de marinheiros era contra o tratamento que recebiam dos oficiais da marinha, em especial os castigos corporais

- Guerra do Contestado: aconteceu entre 1912 e 1914 e foi uma espécie de repetição de Canudos, porém na fronteira entre Paraná e Santa Catarina, devido ao processo de expulsão de camponeses de suas terras, para construção de uma ferrovia ligando o Paraná até o Rio Grande do Sul.
Monopólio Político
O predominância política monopolizada também pode ser questionada nas provas, pois possibilita abordar as práticas que mantiveram os oligarcas no poder por várias décadas, como o voto de cabresto (pressão por força ou troca de favores sobre eleitores, já que o voto não era secreto), a Política dos Governadores e a do Café com Leite (acordos entre Governo Federal e Estaduais, para que determinados candidatos que representavam os interesses dos cafeicultores fossem sempre eleitos).
O monopólio político supracitado garantiu que as oligarquias cafeicultoras de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, se mantivessem no poder até 1930.
