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Tira Dúvidas

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Qual é a diferença entre vírus e protozoário?

07 de Junho de 2021

Por Juliana Morales
Guia do Estudante 
Foto: Pinterest/Divulgação 

Durante o depoimento na CPI da Covid,  a oncologista e imunologista Nise Yamaguch foi questionada sobre a diferença entre um protozoário e um vírus. Ela tentou responder, mas se enrolou. A médica é defensora da prescrição de cloroquina para pacientes com covid-19.

E você, estudante, conseguiria responder, corretamente, essa questão? 

Os vírus são formados, principalmente, por proteínas e ácidos nucleicos. Acelulados, os vírus só têm condições de realizar suas atividades vitais quando estão no interior de outras células vivas. Por isso, são considerados parasitas intracelulares obrigatórios.

Em razão dessas características peculiares, os vírus não são reconhecidos exatamente como seres vivos. Entretanto, é consenso que são sistemas biológicos, por possuírem ácidos nucleicos em sua constituição, além de sistemas de codificação genética. 

O ácido nucleico pode ser tanto DNA quanto RNA. Alguns poucos vírus podem ter os dois. Em relação à reprodução, o vírus costumam infectar a célula hospedeira ligando suas proteínas virais à proteína receptora desta. Assim, acontece a multiplicação do material genético e, utilizando os ribossomos, nucleotídeos, aminoácidos e mitocôndrias celulares, eles comandam a síntese de proteínas e ácidos nucleicos, utilizando a energia oriunda do metabolismo do hospedeiro. 

Assim, dão origem a novos vírus que, exceto quando ocorrem mutações, são semelhantes entre si. Esses poderão invadir outras células que, possivelmente, terão seu funcionamento prejudicado. Assim, um indivíduo com seu organismo infectado apresentará os sintomas típicos da doença viral que contraiu. 

Já os os protozoários são seres unicelulares (formados por apenas uma célula) e heterótrofos (não são capazes de sintetizar seu próprio alimento). Eles e pertencem ao Reino Protista, junto com as algas. Os protozoários são eucariontes: o material genético é envolvido por uma membrana, formando o núcleo. A maioria deles apresenta vida livre, mas existem espécies parasitas, causadoras de doenças, como a doença de chagas, malária, amebíase e a giardíase.  

Com formas corporais variadas, eles ocupam ambientes úmidos ou vivem interior de outros organismos. Um classificação bem comum para os protozoários é a forma de locomoção. Existem os ciliados, que possuem cílios que auxiliam na locomoção, como o paramécio. Já os flagelados utilizam flagelos. Um exemplo desta segunda categoria é Tripanosoma cruzi, que causa a doença de Chagas. 

Ainda existem os rizópodos que possuem pseudópodes, uma espécie de pés falsos. É o caso das amebas. E por fim, tem os esporozoários, grupo do Plasmodium vivax, causador da malária. Diferente das outras categorias, eles não têm uma estrutura locomotora. Simplesmente, são levados pelo ar ou água, por exemplo. 


Por Juliana Morales
Guia do Estudante 
Foto: Pinterest/Divulgação 

Durante o depoimento na CPI da Covid,  a oncologista e imunologista Nise Yamaguch foi questionada sobre a diferença entre um protozoário e um vírus. Ela tentou responder, mas se enrolou. A médica é defensora da prescrição de cloroquina para pacientes com covid-19.

E você, estudante, conseguiria responder, corretamente, essa questão? 

Os vírus são formados, principalmente, por proteínas e ácidos nucleicos. Acelulados, os vírus só têm condições de realizar suas atividades vitais quando estão no interior de outras células vivas. Por isso, são considerados parasitas intracelulares obrigatórios.

Em razão dessas características peculiares, os vírus não são reconhecidos exatamente como seres vivos. Entretanto, é consenso que são sistemas biológicos, por possuírem ácidos nucleicos em sua constituição, além de sistemas de codificação genética. 

O ácido nucleico pode ser tanto DNA quanto RNA. Alguns poucos vírus podem ter os dois. Em relação à reprodução, o vírus costumam infectar a célula hospedeira ligando suas proteínas virais à proteína receptora desta. Assim, acontece a multiplicação do material genético e, utilizando os ribossomos, nucleotídeos, aminoácidos e mitocôndrias celulares, eles comandam a síntese de proteínas e ácidos nucleicos, utilizando a energia oriunda do metabolismo do hospedeiro. 

Assim, dão origem a novos vírus que, exceto quando ocorrem mutações, são semelhantes entre si. Esses poderão invadir outras células que, possivelmente, terão seu funcionamento prejudicado. Assim, um indivíduo com seu organismo infectado apresentará os sintomas típicos da doença viral que contraiu. 

Já os os protozoários são seres unicelulares (formados por apenas uma célula) e heterótrofos (não são capazes de sintetizar seu próprio alimento). Eles e pertencem ao Reino Protista, junto com as algas. Os protozoários são eucariontes: o material genético é envolvido por uma membrana, formando o núcleo. A maioria deles apresenta vida livre, mas existem espécies parasitas, causadoras de doenças, como a doença de chagas, malária, amebíase e a giardíase.  

Com formas corporais variadas, eles ocupam ambientes úmidos ou vivem interior de outros organismos. Um classificação bem comum para os protozoários é a forma de locomoção. Existem os ciliados, que possuem cílios que auxiliam na locomoção, como o paramécio. Já os flagelados utilizam flagelos. Um exemplo desta segunda categoria é Tripanosoma cruzi, que causa a doença de Chagas. 

Ainda existem os rizópodos que possuem pseudópodes, uma espécie de pés falsos. É o caso das amebas. E por fim, tem os esporozoários, grupo do Plasmodium vivax, causador da malária. Diferente das outras categorias, eles não têm uma estrutura locomotora. Simplesmente, são levados pelo ar ou água, por exemplo.