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Literatura no Vestibular: “O Espelho”, de Machado de Assis
07 de Julho de 2021Por Wlianna Araújo
Notícias & Concursos
Publicado pela primeira em 8 de setembro de 1882, no jornal Gazeta de Notícias, o conto “O Espelho” é de autoria de Machado de Assis. Posteriormente a sua publicação no jornal, o texto foi incluso no livro Papéis Avulsos, também de 1882.
Com o subtítulo Esboço de uma nova teoria da alma humana, o texto traz como personagem principal Jacobina, um homem de 45 anos. O autor o descreve como um homem rico, inteligente e instruído, apesar da origem humilde.
ENREDO DA OBRA
O enredo do conto “O Espelho” tem início em uma reunião de Jacobina com seus amigos em uma casa no bairro de Santa Tereza. Os quatro amigos do militar discutiam questões filosóficas e, inicialmente, ele parecia desinteressado, apenas ouvia o diálogo fazendo pequenas interrupções.
Em um dado momento, Jacobina toma a atenção da conversa para si para defender a ideia de que o ser humano tem duas almas e ilustra a teoria com um episódio da sua história pessoal. É assim que Jacobina inicia a história contada aos seus amigos.
Após se tornar Alferes da Guarda Nacional, aos 25 anos, Jacobina viu a sua vida melhorar e passou a ser tratado por sua família como o ‘Sr. Alferes’, recebendo muitos elogios. Isso fez com que a sua tia Marcolina o convidasse para passar uns dias em seu humilde sítio. Ao receber a visita de Jacobina, a tia resolve colocar um espelho histórico, o bem mais precioso da casa, no quarto em que o seu sobrinho ficaria hospedado.
Por meio do espelho, o jovem passa a se ver como os outros o enxergam. Desse modo, a sua imagem exterior domina a sua verdadeira identidade: “o alferes eliminou o homem”. Quando a sua tia precisa se ausentar do sítio, os seus escravos aproveitam para fugir e Jacobina fica sozinho na casa.
É aí que ele passa por uma crise diante do espelho e tem dificuldade para enxergar a sua imagem, pois só consegue ver “uma figura vaga, esfumada, difusa, sombra de sombra”. Desse modo, Jacobina só volta a se enxergar quando tem a ideia de vestir a sua farda de Alferes, reencontrado a sua ‘alma exterior’.
O conto possui poucos personagens e espaço limitado à casa em que Jacobina está com seus amigos e o sítio no qual se passa a história que ele conta. A narração é feita em 1ª pessoa.
SOBRE O AUTOR
Joaquim Maria Machado de Assis (1839–1908) é, para muitos, o maior ficcionista da literatura brasileira. Autor de importantes obras como Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Dom Casmurro (1899) e Quincas Borba (1891), Machado de Assis foi um dos principais escritores da literatura brasileira do século XIX.
O autor fez parte de dois movimentos literários: o Romantismo e o Realismo. Desse modo, a sua extensa obra literária se faz muito presente em provas de vestibular. Além disso, Machado é reconhecido por ser um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, da qual foi presidente por mais de dez anos.
Por Wlianna Araújo
Notícias & Concursos
Publicado pela primeira em 8 de setembro de 1882, no jornal Gazeta de Notícias, o conto “O Espelho” é de autoria de Machado de Assis. Posteriormente a sua publicação no jornal, o texto foi incluso no livro Papéis Avulsos, também de 1882.
Com o subtítulo Esboço de uma nova teoria da alma humana, o texto traz como personagem principal Jacobina, um homem de 45 anos. O autor o descreve como um homem rico, inteligente e instruído, apesar da origem humilde.
ENREDO DA OBRA
O enredo do conto “O Espelho” tem início em uma reunião de Jacobina com seus amigos em uma casa no bairro de Santa Tereza. Os quatro amigos do militar discutiam questões filosóficas e, inicialmente, ele parecia desinteressado, apenas ouvia o diálogo fazendo pequenas interrupções.
Em um dado momento, Jacobina toma a atenção da conversa para si para defender a ideia de que o ser humano tem duas almas e ilustra a teoria com um episódio da sua história pessoal. É assim que Jacobina inicia a história contada aos seus amigos.
Após se tornar Alferes da Guarda Nacional, aos 25 anos, Jacobina viu a sua vida melhorar e passou a ser tratado por sua família como o ‘Sr. Alferes’, recebendo muitos elogios. Isso fez com que a sua tia Marcolina o convidasse para passar uns dias em seu humilde sítio. Ao receber a visita de Jacobina, a tia resolve colocar um espelho histórico, o bem mais precioso da casa, no quarto em que o seu sobrinho ficaria hospedado.
Por meio do espelho, o jovem passa a se ver como os outros o enxergam. Desse modo, a sua imagem exterior domina a sua verdadeira identidade: “o alferes eliminou o homem”. Quando a sua tia precisa se ausentar do sítio, os seus escravos aproveitam para fugir e Jacobina fica sozinho na casa.
É aí que ele passa por uma crise diante do espelho e tem dificuldade para enxergar a sua imagem, pois só consegue ver “uma figura vaga, esfumada, difusa, sombra de sombra”. Desse modo, Jacobina só volta a se enxergar quando tem a ideia de vestir a sua farda de Alferes, reencontrado a sua ‘alma exterior’.
O conto possui poucos personagens e espaço limitado à casa em que Jacobina está com seus amigos e o sítio no qual se passa a história que ele conta. A narração é feita em 1ª pessoa.
SOBRE O AUTOR
Joaquim Maria Machado de Assis (1839–1908) é, para muitos, o maior ficcionista da literatura brasileira. Autor de importantes obras como Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Dom Casmurro (1899) e Quincas Borba (1891), Machado de Assis foi um dos principais escritores da literatura brasileira do século XIX.
O autor fez parte de dois movimentos literários: o Romantismo e o Realismo. Desse modo, a sua extensa obra literária se faz muito presente em provas de vestibular. Além disso, Machado é reconhecido por ser um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, da qual foi presidente por mais de dez anos.