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USP amplia uso do Enem em pelo menos 22% no vestibular 2017
21 de Junho de 2016A USP (Universidade de São Paulo) vai ampliar em pelo menos 22% o número de vagas no Sisu (Sistema de Seleção Unificada) no próximo processo seletivo. A plataforma reúne instituições de ensino que adotam o Enem para selecionar os alunos.
No próximo ano, a instituição já definiu que vai oferecer 1.819 vagas no Sisu. O número representa 16% das 11.057 vagas totais. No ano passado, foram destinadas 1.489 (13,5% do total).
Os números ainda podem mudar, uma vez que nem todas as unidades informaram para a reitoria quanto pretendem reservar para o Sisu. O restante das vagas continuam a ser disputadas pela Fuvest.
O uso do Enem como forma alternativa de ingresso na USP é uma das apostas da reitoria para aumentar o nível de inclusão na instituição. A medida foi iniciada no ano passado, mas os resultados ficaram abaixo do esperado. No último processo seletivo, 34,6% das vagas da estadual foram preenchidas por alunos de escola pública (índice inferior ao do ano anterior).
Do total de 1.819 vagas no Sisu no próximo ano, 1.065 são para alunos de escola pública, independentemente da cor de pele. No anterior, eram 1.038 (alta de 3%).
Fuvest 2016
Outras 239 vagas são para alunos autodeclarados PPI (Pretos, pardos e indígenas), uma alta de 94% com relação ao processo seletivo anterior. Eram 123 vagas para esse grupo no último vestibular.
As 428 vagas restantes em 2017 estarão disponíveis no Sisu para a Ampla Concorrência. Essa modalidade tinha 328 vagas no ano passado. A alta foi de 30%.
Quatro unidades que não haviam participado do Sisu no último vestibular agora decidiram reservar vagas. A Escola Politécnica, por exemplo, vai destinar 10% das suas 870 vagas no sistema, mas somente para Ampla Concorrência. Não haverá, portanto, oportunidades destinadas exclusivamente para alunos de escolas públicas e pretos, pardos e indígenas.
As outras unidades que já decidiram aderir o Sisu são a Faculdade de Odontologia, Instituto de Química de São Carlos e a ECA (Escola de Comunicações e Artes). A Esalq (Escola Superior de Agricultura) já havia aderido no ano passado, mas ampliou o número de vagas disponíveis para o próximo processo.
Unidades como a Faculdade de Medicina e a FEA (Faculdade de Economia e Contabilidade) ainda não informaram à reitoria se vão aderir ao Sisu. Outras faculdades, como a Escola de Engenharia de São Carlos e o Instituto de Física, decidiram novamente não participar.
Os dados foram informados inicialmente no site do Jornal da USP. A decisão final sobre o próximo vestibular será confirmada na reunião do Conselho Universitário, instância máxima da universidade. O encontro está marcado para o dia 28 de junho.
COTAS
A USP tem sofrido pressão para adotar o sistema de cotas sociais e raciais, como faz todas as universidades federais do país desde 2012. Entre as estaduais paulistas, só a Unesp adota cotas. A Unicamp apostou em bonificação na prova do vestibular.
Na semana passada, estudantes que reivindicam cotas invadiram uma reunião da Comissão de Graduação da USP que tratava das regras para o próximo vestibular. Parte do grupo tentou ocupar um prédio onde funcionava a reitoria e houve confronto com a Polícia Militar.
A reitoria da USP colocou como meta alcançar 50% de alunos de escola pública entre ingressantes até 2018. O pró-reitor de Graduação da universidade, Antônio Carlos Hernandes, já declarou que, caso o índice de inclusão não avance com as estratégias atuais, a universidade deve avançar para para medidas mais profundas, como a adoção de cotas.
Além do Sisu, a universidade mantém um sistema de bonificação para alunos de escolas pública e PPI no vestibular da Fuvest.
Fonte: Folha de S.Paulo
A USP (Universidade de São Paulo) vai ampliar em pelo menos 22% o número de vagas no Sisu (Sistema de Seleção Unificada) no próximo processo seletivo. A plataforma reúne instituições de ensino que adotam o Enem para selecionar os alunos.
No próximo ano, a instituição já definiu que vai oferecer 1.819 vagas no Sisu. O número representa 16% das 11.057 vagas totais. No ano passado, foram destinadas 1.489 (13,5% do total).
Os números ainda podem mudar, uma vez que nem todas as unidades informaram para a reitoria quanto pretendem reservar para o Sisu. O restante das vagas continuam a ser disputadas pela Fuvest.
O uso do Enem como forma alternativa de ingresso na USP é uma das apostas da reitoria para aumentar o nível de inclusão na instituição. A medida foi iniciada no ano passado, mas os resultados ficaram abaixo do esperado. No último processo seletivo, 34,6% das vagas da estadual foram preenchidas por alunos de escola pública (índice inferior ao do ano anterior).
Do total de 1.819 vagas no Sisu no próximo ano, 1.065 são para alunos de escola pública, independentemente da cor de pele. No anterior, eram 1.038 (alta de 3%).
Fuvest 2016
Outras 239 vagas são para alunos autodeclarados PPI (Pretos, pardos e indígenas), uma alta de 94% com relação ao processo seletivo anterior. Eram 123 vagas para esse grupo no último vestibular.
As 428 vagas restantes em 2017 estarão disponíveis no Sisu para a Ampla Concorrência. Essa modalidade tinha 328 vagas no ano passado. A alta foi de 30%.
Quatro unidades que não haviam participado do Sisu no último vestibular agora decidiram reservar vagas. A Escola Politécnica, por exemplo, vai destinar 10% das suas 870 vagas no sistema, mas somente para Ampla Concorrência. Não haverá, portanto, oportunidades destinadas exclusivamente para alunos de escolas públicas e pretos, pardos e indígenas.
As outras unidades que já decidiram aderir o Sisu são a Faculdade de Odontologia, Instituto de Química de São Carlos e a ECA (Escola de Comunicações e Artes). A Esalq (Escola Superior de Agricultura) já havia aderido no ano passado, mas ampliou o número de vagas disponíveis para o próximo processo.
Unidades como a Faculdade de Medicina e a FEA (Faculdade de Economia e Contabilidade) ainda não informaram à reitoria se vão aderir ao Sisu. Outras faculdades, como a Escola de Engenharia de São Carlos e o Instituto de Física, decidiram novamente não participar.
Os dados foram informados inicialmente no site do Jornal da USP. A decisão final sobre o próximo vestibular será confirmada na reunião do Conselho Universitário, instância máxima da universidade. O encontro está marcado para o dia 28 de junho.
COTAS
A USP tem sofrido pressão para adotar o sistema de cotas sociais e raciais, como faz todas as universidades federais do país desde 2012. Entre as estaduais paulistas, só a Unesp adota cotas. A Unicamp apostou em bonificação na prova do vestibular.
Na semana passada, estudantes que reivindicam cotas invadiram uma reunião da Comissão de Graduação da USP que tratava das regras para o próximo vestibular. Parte do grupo tentou ocupar um prédio onde funcionava a reitoria e houve confronto com a Polícia Militar.
A reitoria da USP colocou como meta alcançar 50% de alunos de escola pública entre ingressantes até 2018. O pró-reitor de Graduação da universidade, Antônio Carlos Hernandes, já declarou que, caso o índice de inclusão não avance com as estratégias atuais, a universidade deve avançar para para medidas mais profundas, como a adoção de cotas.
Além do Sisu, a universidade mantém um sistema de bonificação para alunos de escolas pública e PPI no vestibular da Fuvest.
Fonte: Folha de S.Paulo