• banner bolsa de estudo
  • banner aprovação medicina
  • banner aprovados

Gramaticando

  • Compartilhar
  • Oficina do Estudante no Facebook
  • Oficina do Estudante no Twitter
  • Imprimir Imprimir

Semântica faz toda a diferença quando o assunto é denotação e conotação

09 de Outubro de 2023

Nesta edição do Gramaticando, vamos falar um pouco sobre sentido Denotativo e Conotativo, entender as diferenças entre os dois e conferir alguns exemplos. Vem com a gente e tire de letra a prova de Gramática dos vestibulares e do ENEM!

 

Sentido Denotativo

O sentido denotativo é o que mostra a versão literal ou real de uma palavra ou expressão. O termo usado significa, naquele contexto, exatamente o que é. 

A  denotação, geralmente, é contemplada nas primeiras definições dos dicionários e a denotação, na maioria das vezes, está relacionada a uma objetividade no uso da língua, a uma referência mais objetiva dos elementos e seres à nossa volta.

Confira alguns exemplos:
“Já está chovendo”: chovendo está no sentido denotativo porque se refere ao fenômeno meteorológico.
“O coração bombeia o sangue dos animais”: o coração está no sentido denotativo porque se refere ao órgão do corpo.

Sentido Conotativo

O sentido conotativo de palavras ou expressões está relacionado, muitas vezes, às associações de semelhanças ou de proximidades que podem ser estabelecidas, a partir do próprio sentido literal do vocábulo. É isso que acontece, por exemplo,  quando se quer elogiar alguém e, para isso, diz-se que “Maria é uma flor”. Percebe-se, claro, que, nesse contexto,  “flor” se refere às qualidades como “bonita” ou “delicada” ou até mesmo  de “perfumada” que são delegadas à pessoa, em uma espécie de processo de extensão ao que, normalmente, é associado à flor no seu aspecto literal mesmo, no aspecto de flor enquanto vegetal: bonita, delicada, perfumada. 

Há, ainda, algumas semânticas conotativas que estão ligadas a elementos culturais: quando se diz que, no Brasil, “tudo acaba em pizza”, percebe-se que a expressão (“acabar em pizza”) ao se referir a um tipo de alimento normalmente associado a festas e comemorações , transforma-se em estratégia de referência à impunidade, ao fato de que, no país, infelizmente, é culturalmente compreendido (e, lamentavelmente, até esperado) que,  ao final de um processo no qual pode até haver investigação e culpabilização, não haja, de fato, a punição do indivíduo fazendo com que - para o culpado - prevaleça a sensação de que “deu tudo certo”, de que “tudo terminou bem”,  tal qual a sensação de quando se comemora, de quando se festeja algo…comendo uma pizza. 

A semântica conotativa também pode ter ligações com um “passado literal” , ou seja, uma expressão usada, hoje, no sentido figurado pode ter adquirido essa natureza de sentido graças à extensão de um significado que, outrora, fora literal. Uma ilustração disso é a expressão “cair a ficha” que, contemporaneamente, é usada para se referir ao fato de que algo foi, de fato, entendido/compreendido/apreendido por uma pessoa: “E aí, caiu a ficha sobre o que lhe falei?”. O sentido figurado de hoje é uma extensão do sentido literal do passado,  de uma época em que era necessário o uso de ficha para a utilização de telefones públicos. No uso dos “orelhões” (como eram conhecidos), a ligação só era liberada  se, somente se, a ficha caísse no compartimento apropriado do aparelho. Se, por algum motivo, a ficha caísse em outro local que não o específico, o telefone continuava sem sinal e a ligação, portanto, não conseguia ser realizada. Essa conexão entre “cair a ficha e a liberação da ligação” e “cair a ficha e o entendimento dos pontos necessários sobre um certo assunto” são, respectivamente, as versões do passado (denotativo) e do presente (conotativo) de uma mesma expressão linguística.

Veja alguns exemplos:
- “O remédio para o tédio é a leitura”: Remédio está no sentido conotativo porque não se trata do sentido literal de remédio como um medicamento, mas de uma metáfora feita pelo autor.
“Quebrei o vaso da minha avó e ela ficou uma fera”: Fera é uma conotação porque a avó não virou um animal feroz, apenas ficou brava e foi associada a uma fera.

Tanto a denotação quanto a conotação estão ligadas ao “sentido do dicionário” e ambos os sentidos são usados em nosso cotidiano, depende muito do contexto.

E agora, aprendeu tudo sobre conotação e denotação?


Nesta edição do Gramaticando, vamos falar um pouco sobre sentido Denotativo e Conotativo, entender as diferenças entre os dois e conferir alguns exemplos. Vem com a gente e tire de letra a prova de Gramática dos vestibulares e do ENEM!

 

Sentido Denotativo

O sentido denotativo é o que mostra a versão literal ou real de uma palavra ou expressão. O termo usado significa, naquele contexto, exatamente o que é. 

A  denotação, geralmente, é contemplada nas primeiras definições dos dicionários e a denotação, na maioria das vezes, está relacionada a uma objetividade no uso da língua, a uma referência mais objetiva dos elementos e seres à nossa volta.

Confira alguns exemplos:
“Já está chovendo”: chovendo está no sentido denotativo porque se refere ao fenômeno meteorológico.
“O coração bombeia o sangue dos animais”: o coração está no sentido denotativo porque se refere ao órgão do corpo.

Sentido Conotativo

O sentido conotativo de palavras ou expressões está relacionado, muitas vezes, às associações de semelhanças ou de proximidades que podem ser estabelecidas, a partir do próprio sentido literal do vocábulo. É isso que acontece, por exemplo,  quando se quer elogiar alguém e, para isso, diz-se que “Maria é uma flor”. Percebe-se, claro, que, nesse contexto,  “flor” se refere às qualidades como “bonita” ou “delicada” ou até mesmo  de “perfumada” que são delegadas à pessoa, em uma espécie de processo de extensão ao que, normalmente, é associado à flor no seu aspecto literal mesmo, no aspecto de flor enquanto vegetal: bonita, delicada, perfumada. 

Há, ainda, algumas semânticas conotativas que estão ligadas a elementos culturais: quando se diz que, no Brasil, “tudo acaba em pizza”, percebe-se que a expressão (“acabar em pizza”) ao se referir a um tipo de alimento normalmente associado a festas e comemorações , transforma-se em estratégia de referência à impunidade, ao fato de que, no país, infelizmente, é culturalmente compreendido (e, lamentavelmente, até esperado) que,  ao final de um processo no qual pode até haver investigação e culpabilização, não haja, de fato, a punição do indivíduo fazendo com que - para o culpado - prevaleça a sensação de que “deu tudo certo”, de que “tudo terminou bem”,  tal qual a sensação de quando se comemora, de quando se festeja algo…comendo uma pizza. 

A semântica conotativa também pode ter ligações com um “passado literal” , ou seja, uma expressão usada, hoje, no sentido figurado pode ter adquirido essa natureza de sentido graças à extensão de um significado que, outrora, fora literal. Uma ilustração disso é a expressão “cair a ficha” que, contemporaneamente, é usada para se referir ao fato de que algo foi, de fato, entendido/compreendido/apreendido por uma pessoa: “E aí, caiu a ficha sobre o que lhe falei?”. O sentido figurado de hoje é uma extensão do sentido literal do passado,  de uma época em que era necessário o uso de ficha para a utilização de telefones públicos. No uso dos “orelhões” (como eram conhecidos), a ligação só era liberada  se, somente se, a ficha caísse no compartimento apropriado do aparelho. Se, por algum motivo, a ficha caísse em outro local que não o específico, o telefone continuava sem sinal e a ligação, portanto, não conseguia ser realizada. Essa conexão entre “cair a ficha e a liberação da ligação” e “cair a ficha e o entendimento dos pontos necessários sobre um certo assunto” são, respectivamente, as versões do passado (denotativo) e do presente (conotativo) de uma mesma expressão linguística.

Veja alguns exemplos:
- “O remédio para o tédio é a leitura”: Remédio está no sentido conotativo porque não se trata do sentido literal de remédio como um medicamento, mas de uma metáfora feita pelo autor.
“Quebrei o vaso da minha avó e ela ficou uma fera”: Fera é uma conotação porque a avó não virou um animal feroz, apenas ficou brava e foi associada a uma fera.

Tanto a denotação quanto a conotação estão ligadas ao “sentido do dicionário” e ambos os sentidos são usados em nosso cotidiano, depende muito do contexto.

E agora, aprendeu tudo sobre conotação e denotação?