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Gramaticando

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10 erros gramaticais que ninguém deveria cometer

14 de Outubro de 2021

Por Jairo Beraldo
Português.com
Arte: Divulgação

Os erros gramaticais que ninguém deveria cometer configuram erros crassos e trazem algum constrangimento para quem os comete, seja em uma redação escolar, seja no ambiente de trabalho. Aqui estão listados dez deles:

1. Use sempre “menos”, nunca “menas”.

O advérbio de intensidade “menos” é invariável, ou seja, não se flexiona em gênero (masculino e feminino) ou em número, logo:

⇒ Certo: Fiz menos atividades que você.

⇒ Errado: Fiz menas atividades que você.

2. Não confunda “perca” (verbo) com “perda” (substantivo).

“Perca” é a forma verbal no presente do subjuntivo ou do imperativo de “perder”. Já “perda” é substantivo feminino, logo pode ser precedido por um artigo ou pronome, por exemplo.

⇒ Certo:

“ Não perca tempo! Com esta dieta, talvez você perca alguns quilos.” (VERBO)

“Ana teve uma perda muito triste na família.” (SUBSTANTIVO)

⇒ Errado:

“Não perda tempo! Com esta dieta, talvez você perda alguns quilos.”

“Ana teve uma perca muito grande na família.”

3. Não confunda “viagem” (substantivo) com “viajem” (verbo).

Enquanto “viajem” é a forma imperativa ou do presente do subjuntivo do verbo “viajar”, “viagem” é substantivo e será, via de regra, precedido de artigo.

⇒ Certo:

“A viagem foi boa.” ou “Fiz uma viagem.” (SUBSTANTIVO)

“Viajem muito!” ou “Espero que vocês viajem nas férias!” (VERBO)

⇒ Errado:

“A viajem foi boa.” ou “Fiz uma viajem!”

“Viagem muito!” ou “Espero que vocês viagem nas férias!”

4. Use sempre “seja”, nunca “seje”.

A flexão verbal correta do verbo ser é “seja”. “Seje” não existe.

⇒ Certo: “Seja autêntico.”

⇒ Errado: “Seje autêntico.”

5. Fuja do “gerundismo”!

Os verbos no gerúndio apresentam desinência -NDO (ex.: andando, correndo, dormindo) e seu uso correto pressupõe a existência de ações frequentativas, ou seja, ações que demandam certo tempo de execução para que se manifestem.

O “gerundismo”, por sua vez, é o uso vicioso e equivocado dessa forma verbal. O erro ocorre quando o falante utiliza-se do gerúndio para indicar uma ação pontual, instantânea, prestes a acontecer.

⇒ Certo:

“Vou transferir sua ligação.”

“O senhor pode retirar uma senha para o atendimento.”

⇒ Errado:

“Vou estar transferindo sua ligação.”

“O senhor pode estar retirando uma senha para o atendimento.”

6. Evite pleonasmos viciosos!

Embora o pleonasmo – redundância na construção do sentido – possa ser utilizado estilisticamente na literatura ou na publicidade, em textos escritos ou discursos orais formais, deve ser evitado. Evite, portanto, expressões como:

“Subir para cima”

“Entrar para dentro”

“Elo de ligação”

“Descer para baixo”

“De manhã cedo”

“Sair para fora”

“Criar coisas novas”

“Plus a mais”

Basta a primeira palavra da expressão para produzir o sentido que se pretende de forma direta:

“Subir”

“Entrar”

“Elo”

“Descer”

“De manhã”

“Sair”

“Criar”

“Plus”

7. “A partir” é sempre separado e sem crase.

⇒ Certo:

A partir de hoje, todos os produtos da loja com preços a partir de 100 reais.”

⇒ Errado:

Apartir de hoje, todos os produtos da loja com preços à partir de 100 reais.”

8. Não confunda “mas” com “mais”.


“Mas” é conjunção adversativa – expressa oposição, quebra de expectativa – e é sinônimo de “porém”, “contudo”, “no entanto”, “entretanto”, “todavia”. “Mais” é expressão denotativa de valor aditivo.

⇒ Certo:

“Pedro estudou, mas não passou no concurso.”

“Fiz mais exercícios que você.

⇒ Errado:

“Pedro estudou, mais não passou no concurso.”

“Fiz mas exercícios que você.

9. Jamais coloque acento indicador de crase antes de verbos.

⇒ Certo:

“Ana ajudou o irmão a fazer a tarefa.”

“Pedro prefere correr a nadar.”

⇒ Errado:

“Ana ajudou o irmão à fazer a tarefa.”

“Pedro prefere correr à nadar.”

10. Nunca use “ter” como sinônimo de “existir”.

O verbo “ter” indica posse e não deve ser usado em contextos formais como sinônimo de “existir”. Nessa situação, use o verbo “haver” sempre no singular.

⇒ Certo:

“Existem bons alunos em sala.” ou “Há bons alunos em sala.”

“Existiam problemas na empresa.” ou “Havia problemas na empresa.”

⇒ Errado:

“Têm bons alunos em sala.”

“Tinham problemas na empresa.” ou “Haviam problemas na empresa.”

Origem da expressão “erro crasso”

Na Roma Antiga, mais precisamente em 59 a.C., o poder foi dividido entre três generais: Júlio César, Pompeu e Crasso, período conhecido como Triuno Virato.

Enquanto os dois primeiros eram reconhecidos pela genialidade, estratégia e grandes feitos, o último não era “tão brilhante assim” e ficou conhecido mais pela sua riqueza e erros nas decisões que por qualquer aspecto positivo. Inclusive, muitos desses erros grosseiros levaram o dito general à morte em 53 a.C., na batalha de Carras. Daí a expressão “erro crasso”.


Por Jairo Beraldo
Português.com
Arte: Divulgação

Os erros gramaticais que ninguém deveria cometer configuram erros crassos e trazem algum constrangimento para quem os comete, seja em uma redação escolar, seja no ambiente de trabalho. Aqui estão listados dez deles:

1. Use sempre “menos”, nunca “menas”.

O advérbio de intensidade “menos” é invariável, ou seja, não se flexiona em gênero (masculino e feminino) ou em número, logo:

⇒ Certo: Fiz menos atividades que você.

⇒ Errado: Fiz menas atividades que você.

2. Não confunda “perca” (verbo) com “perda” (substantivo).

“Perca” é a forma verbal no presente do subjuntivo ou do imperativo de “perder”. Já “perda” é substantivo feminino, logo pode ser precedido por um artigo ou pronome, por exemplo.

⇒ Certo:

“ Não perca tempo! Com esta dieta, talvez você perca alguns quilos.” (VERBO)

“Ana teve uma perda muito triste na família.” (SUBSTANTIVO)

⇒ Errado:

“Não perda tempo! Com esta dieta, talvez você perda alguns quilos.”

“Ana teve uma perca muito grande na família.”

3. Não confunda “viagem” (substantivo) com “viajem” (verbo).

Enquanto “viajem” é a forma imperativa ou do presente do subjuntivo do verbo “viajar”, “viagem” é substantivo e será, via de regra, precedido de artigo.

⇒ Certo:

“A viagem foi boa.” ou “Fiz uma viagem.” (SUBSTANTIVO)

“Viajem muito!” ou “Espero que vocês viajem nas férias!” (VERBO)

⇒ Errado:

“A viajem foi boa.” ou “Fiz uma viajem!”

“Viagem muito!” ou “Espero que vocês viagem nas férias!”

4. Use sempre “seja”, nunca “seje”.

A flexão verbal correta do verbo ser é “seja”. “Seje” não existe.

⇒ Certo: “Seja autêntico.”

⇒ Errado: “Seje autêntico.”

5. Fuja do “gerundismo”!

Os verbos no gerúndio apresentam desinência -NDO (ex.: andando, correndo, dormindo) e seu uso correto pressupõe a existência de ações frequentativas, ou seja, ações que demandam certo tempo de execução para que se manifestem.

O “gerundismo”, por sua vez, é o uso vicioso e equivocado dessa forma verbal. O erro ocorre quando o falante utiliza-se do gerúndio para indicar uma ação pontual, instantânea, prestes a acontecer.

⇒ Certo:

“Vou transferir sua ligação.”

“O senhor pode retirar uma senha para o atendimento.”

⇒ Errado:

“Vou estar transferindo sua ligação.”

“O senhor pode estar retirando uma senha para o atendimento.”

6. Evite pleonasmos viciosos!

Embora o pleonasmo – redundância na construção do sentido – possa ser utilizado estilisticamente na literatura ou na publicidade, em textos escritos ou discursos orais formais, deve ser evitado. Evite, portanto, expressões como:

“Subir para cima”

“Entrar para dentro”

“Elo de ligação”

“Descer para baixo”

“De manhã cedo”

“Sair para fora”

“Criar coisas novas”

“Plus a mais”

Basta a primeira palavra da expressão para produzir o sentido que se pretende de forma direta:

“Subir”

“Entrar”

“Elo”

“Descer”

“De manhã”

“Sair”

“Criar”

“Plus”

7. “A partir” é sempre separado e sem crase.

⇒ Certo:

A partir de hoje, todos os produtos da loja com preços a partir de 100 reais.”

⇒ Errado:

Apartir de hoje, todos os produtos da loja com preços à partir de 100 reais.”

8. Não confunda “mas” com “mais”.


“Mas” é conjunção adversativa – expressa oposição, quebra de expectativa – e é sinônimo de “porém”, “contudo”, “no entanto”, “entretanto”, “todavia”. “Mais” é expressão denotativa de valor aditivo.

⇒ Certo:

“Pedro estudou, mas não passou no concurso.”

“Fiz mais exercícios que você.

⇒ Errado:

“Pedro estudou, mais não passou no concurso.”

“Fiz mas exercícios que você.

9. Jamais coloque acento indicador de crase antes de verbos.

⇒ Certo:

“Ana ajudou o irmão a fazer a tarefa.”

“Pedro prefere correr a nadar.”

⇒ Errado:

“Ana ajudou o irmão à fazer a tarefa.”

“Pedro prefere correr à nadar.”

10. Nunca use “ter” como sinônimo de “existir”.

O verbo “ter” indica posse e não deve ser usado em contextos formais como sinônimo de “existir”. Nessa situação, use o verbo “haver” sempre no singular.

⇒ Certo:

“Existem bons alunos em sala.” ou “Há bons alunos em sala.”

“Existiam problemas na empresa.” ou “Havia problemas na empresa.”

⇒ Errado:

“Têm bons alunos em sala.”

“Tinham problemas na empresa.” ou “Haviam problemas na empresa.”

Origem da expressão “erro crasso”

Na Roma Antiga, mais precisamente em 59 a.C., o poder foi dividido entre três generais: Júlio César, Pompeu e Crasso, período conhecido como Triuno Virato.

Enquanto os dois primeiros eram reconhecidos pela genialidade, estratégia e grandes feitos, o último não era “tão brilhante assim” e ficou conhecido mais pela sua riqueza e erros nas decisões que por qualquer aspecto positivo. Inclusive, muitos desses erros grosseiros levaram o dito general à morte em 53 a.C., na batalha de Carras. Daí a expressão “erro crasso”.