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Atleta que vai a Tóquio palestra na Oficina

"Dedicação, comprometimento, disciplina. Naquela hora que bate aquele desânimo, de não querer fazer, de não querer se dedicar, tem que pensar na sua meta lá na frente". O ensinamento é do mesatenista Luis Filipe Guarnieri Manara, de 28 anos - atleta paraolímpico, que conseguiu vaga e vai participar dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em agosto deste ano.

Manara esteve esta semana na Oficina do Estudante, em Campinas, onde ministrou uma palestra motivacional aos alunos do colégio, e que serve para todos os estudantes:

"As pessoas falam muito de superação do atleta paralímpico. Mas, eu acho que cada um tem as suas superações. O que pra mim às vezes é grandioso, pra outro talvez não seja. Pra um menino que tem uma dificuldade matemática, conseguir passar de ano direto, não deixa de ser uma superação, porque, com certeza, exige um esforço".

O sucesso, segundo Manara, advém de sempre fazer o melhor, independentemente dos resultados. "Caso a vitória não chegue na hora que a gente quer, serve pra gente poder ter a consciência tranquila, de ter feito aquilo que tinha que fazer. E em tudo na vida é isso: a gente tem que dar o nosso melhor, pra estar com a consciência tranquila”.

Luta

Manara nasci em Mogi Mirim, no interior de São Paulo.

Teve paralisia cerebral devido à falta de oxigenação durante o parto. A deficiência afetou o lado esquerdo do cérebro e lado motor direito do mogimiriano.

Por causa disso, ele teve que passar por duas cirurgias: uma aos 3 anos de idade, na AACD, em São Paulo, e outra, aos 8, no Sarah Kubitschek, em Brasília – “dois hospitais de referência, que me possibilitaram ter uma boa recuperação”, declara.

No Sarah, foi apresentado ao tênis de mesa como uma forma de fisioterapia da mão direita. “Só que eu, por ser muito competitivo, comecei a jogar com a direita também porque não aguentava mais perder”, acrescenta.

Manara começou a competir profissionalmente em 2009. Entre 2010 e 2013 teve que se reversar entre o esporte e os estudos porque ganhou uma bolsa da Mackenzie para jogar pela faculdade e fazer jornalismo.

E, quando estava concluindo o curso, foi convocado pra seleção – e foi quando o sonho de poder disputar uma Paralimpíada (no Rio de Janeiro, em 2016) falou mais alto.

Só que pra ele poder ir pra Paralimpíada, tinha que ganhar o Parapan do Canadá.

E ele não só ganhou o outro em Toronto, como viajou por cerca de 25 países entre 2013 a 2016, em torneios preparatórios pro Rio.

No Rio, não conquistou a medalha, mas estava ciente das dificuldades: “é a nata mesmo do esporte – então, você só de você estar no meio disso tudo já é algo a ser muito valorizado”.
Mas, apesar disso, Manara não se contenta apenas com a participação. “Quando eu entro é pra ganhar. Pode não acontecer, mas eu dou o meu melhor”.

Durante a palestra, inclusive afirmou:

“O que eu tenho pra passar aqui hoje, pros adolescentes que daqui a pouco estão prestando vestibular, é que existem aspectos fundamentais pra todo mundo – dedicação, comprometimento, disciplina. Porque eu costumo pensar: eu gosto muito de jogar tênis de mesa, mas eu acho que nenhum atleta de alto rendimento gosta de treinar 8, 10 horas por dia, nem de sentir dor todos os dias. É um negócio muito maçante. Só que a gente tem que aprender ter certo ‘prazer’ no caminho pra saber que a gente vai chegar ao objetivo final”.

Desafios

Assim como um vestibulando, Manara enfrenta obstáculos todos os dias.

“É muito difícil ser um atleta no Brasil porque é muito difícil você conseguir um patrocínio. A gente faz muito por amor. Tem que ter muito foco no objetivo pra conseguir seguir em frente. Mas, essa é a realidade que eu tenho pra hoje. Vou intensificar meus treinamentos este semestre pra tentar a medalha. Sou muito realista. Sei das dificuldades. Mas vou pra ganhar”.

O atleta mora em Piracicaba porque é atleta do clube Fran TT Training Center, onde treina.

Principais feitos

Manara irá para os Jogos Paralímpicos em Tóquio porque conseguiu ganhou medalha nos Parapanamericanos de Lima, em 2019.

Tóquio será a segunda Paralimpíada dele. A primeira foi no Rio em 2016. Em 2015, faturou o ouro nos Jogos Paranamericanos de Toronto, no Canadá, carimbando o passaporte pro Rio.

Foi seis vezes campeão brasileiro, e é medalhista em diversas etapas no circuito mundial (entre os quais, Argentina, Chile, Costa Rica, Eslováquia, Eslovênia)

No ParaOpen do Chile este ano, ganhou prata por equipe e bronze individual.
- Copa Costa Rica: ouro por equipe e bronze individual.


"Dedicação, comprometimento, disciplina. Naquela hora que bate aquele desânimo, de não querer fazer, de não querer se dedicar, tem que pensar na sua meta lá na frente". O ensinamento é do mesatenista Luis Filipe Guarnieri Manara, de 28 anos - atleta paraolímpico, que conseguiu vaga e vai participar dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em agosto deste ano.

Manara esteve esta semana na Oficina do Estudante, em Campinas, onde ministrou uma palestra motivacional aos alunos do colégio, e que serve para todos os estudantes:

"As pessoas falam muito de superação do atleta paralímpico. Mas, eu acho que cada um tem as suas superações. O que pra mim às vezes é grandioso, pra outro talvez não seja. Pra um menino que tem uma dificuldade matemática, conseguir passar de ano direto, não deixa de ser uma superação, porque, com certeza, exige um esforço".

O sucesso, segundo Manara, advém de sempre fazer o melhor, independentemente dos resultados. "Caso a vitória não chegue na hora que a gente quer, serve pra gente poder ter a consciência tranquila, de ter feito aquilo que tinha que fazer. E em tudo na vida é isso: a gente tem que dar o nosso melhor, pra estar com a consciência tranquila”.

Luta

Manara nasci em Mogi Mirim, no interior de São Paulo.

Teve paralisia cerebral devido à falta de oxigenação durante o parto. A deficiência afetou o lado esquerdo do cérebro e lado motor direito do mogimiriano.

Por causa disso, ele teve que passar por duas cirurgias: uma aos 3 anos de idade, na AACD, em São Paulo, e outra, aos 8, no Sarah Kubitschek, em Brasília – “dois hospitais de referência, que me possibilitaram ter uma boa recuperação”, declara.

No Sarah, foi apresentado ao tênis de mesa como uma forma de fisioterapia da mão direita. “Só que eu, por ser muito competitivo, comecei a jogar com a direita também porque não aguentava mais perder”, acrescenta.

Manara começou a competir profissionalmente em 2009. Entre 2010 e 2013 teve que se reversar entre o esporte e os estudos porque ganhou uma bolsa da Mackenzie para jogar pela faculdade e fazer jornalismo.

E, quando estava concluindo o curso, foi convocado pra seleção – e foi quando o sonho de poder disputar uma Paralimpíada (no Rio de Janeiro, em 2016) falou mais alto.

Só que pra ele poder ir pra Paralimpíada, tinha que ganhar o Parapan do Canadá.

E ele não só ganhou o outro em Toronto, como viajou por cerca de 25 países entre 2013 a 2016, em torneios preparatórios pro Rio.

No Rio, não conquistou a medalha, mas estava ciente das dificuldades: “é a nata mesmo do esporte – então, você só de você estar no meio disso tudo já é algo a ser muito valorizado”.
Mas, apesar disso, Manara não se contenta apenas com a participação. “Quando eu entro é pra ganhar. Pode não acontecer, mas eu dou o meu melhor”.

Durante a palestra, inclusive afirmou:

“O que eu tenho pra passar aqui hoje, pros adolescentes que daqui a pouco estão prestando vestibular, é que existem aspectos fundamentais pra todo mundo – dedicação, comprometimento, disciplina. Porque eu costumo pensar: eu gosto muito de jogar tênis de mesa, mas eu acho que nenhum atleta de alto rendimento gosta de treinar 8, 10 horas por dia, nem de sentir dor todos os dias. É um negócio muito maçante. Só que a gente tem que aprender ter certo ‘prazer’ no caminho pra saber que a gente vai chegar ao objetivo final”.

Desafios

Assim como um vestibulando, Manara enfrenta obstáculos todos os dias.

“É muito difícil ser um atleta no Brasil porque é muito difícil você conseguir um patrocínio. A gente faz muito por amor. Tem que ter muito foco no objetivo pra conseguir seguir em frente. Mas, essa é a realidade que eu tenho pra hoje. Vou intensificar meus treinamentos este semestre pra tentar a medalha. Sou muito realista. Sei das dificuldades. Mas vou pra ganhar”.

O atleta mora em Piracicaba porque é atleta do clube Fran TT Training Center, onde treina.

Principais feitos

Manara irá para os Jogos Paralímpicos em Tóquio porque conseguiu ganhou medalha nos Parapanamericanos de Lima, em 2019.

Tóquio será a segunda Paralimpíada dele. A primeira foi no Rio em 2016. Em 2015, faturou o ouro nos Jogos Paranamericanos de Toronto, no Canadá, carimbando o passaporte pro Rio.

Foi seis vezes campeão brasileiro, e é medalhista em diversas etapas no circuito mundial (entre os quais, Argentina, Chile, Costa Rica, Eslováquia, Eslovênia)

No ParaOpen do Chile este ano, ganhou prata por equipe e bronze individual.
- Copa Costa Rica: ouro por equipe e bronze individual.