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Professor brasileiro pode ter encontrado novo planeta no Sistema Solar
23 de Fevereiro de 2024Por O GLOBO — Rio de Janeiro
Um professor brasileiro descobriu que o Sistema Solar pode ter mais planetas do que se sabe. O pesquisador Patryk Sofia Lykawka, graduado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e atualmente professor da Universidade Kindai, no Japão, analisou, em seu novo estudo, que pode existir um astro girando em torno do Sol. O planeta pode estar localizado a mais de 200 unidades astronômicas do Sol, que correspondem à distância entre a Terra e a estrela.
Em sua pesquisa, publicada na revista científica The Astronomical Journal, Patryk analisou as órbitas de diferentes grupos de objetos transnetunianos (TNOs), aqueles encontrados no distante Cinturão de Kuiper, que se inicia depois de Netuno. Na avaliação, o pesquisador descobriu que parte deles tinha órbitas que não dependiam apenas dos efeitos gravitacionais do planeta, enquanto outros tinham inclinação orbital de 45º. Por fim, outro grupo tinha órbitas incomuns.
Depois, ele trabalhou com simulações do Sistema Solar que incluíram um possível planeta semelhante à Terra em órbitas variadas. No projeto, Patryk percebeu que o Sistema externo não poderia explicar as propriedades dos objetos.
— Obtive resultados que poderiam explicar as propriedades orbitais das populações do Cinturão de Kuiper distante — explicou. — Isso sugere um papel vital desempenhado pelo planeta na formação do Cinturão de Kuiper. Dessa forma, este estudo prevê a existência de um planeta com massa de aproximadamente 1,5 a 3 Terras no Sistema Solar distante, situado além de 200 unidades astronômicas.
Segundo o professor, existem três possíveis órbitas para este mundo hipotético, todas variando entre 200 e 800 unidades astronômicas. Se a descoberta do planeta for confirmada, ela poderia fazer com que nosso sistema talvez voltasse a ter nove planetas.
— Além disso, assim como ocorreu em 2006 com a reclassificação de Plutão, precisaríamos aprimorar a definição de 'planeta', já que um planeta massivo localizado muito além de Netuno provavelmente pertenceria a uma nova classe — observou Patryk, em entrevista a agência de notícias da Unisinos. Para os próximos passos, ele planeja refinar os resultados com novas simulações.
Por O GLOBO — Rio de Janeiro
Um professor brasileiro descobriu que o Sistema Solar pode ter mais planetas do que se sabe. O pesquisador Patryk Sofia Lykawka, graduado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e atualmente professor da Universidade Kindai, no Japão, analisou, em seu novo estudo, que pode existir um astro girando em torno do Sol. O planeta pode estar localizado a mais de 200 unidades astronômicas do Sol, que correspondem à distância entre a Terra e a estrela.
Em sua pesquisa, publicada na revista científica The Astronomical Journal, Patryk analisou as órbitas de diferentes grupos de objetos transnetunianos (TNOs), aqueles encontrados no distante Cinturão de Kuiper, que se inicia depois de Netuno. Na avaliação, o pesquisador descobriu que parte deles tinha órbitas que não dependiam apenas dos efeitos gravitacionais do planeta, enquanto outros tinham inclinação orbital de 45º. Por fim, outro grupo tinha órbitas incomuns.
Depois, ele trabalhou com simulações do Sistema Solar que incluíram um possível planeta semelhante à Terra em órbitas variadas. No projeto, Patryk percebeu que o Sistema externo não poderia explicar as propriedades dos objetos.
— Obtive resultados que poderiam explicar as propriedades orbitais das populações do Cinturão de Kuiper distante — explicou. — Isso sugere um papel vital desempenhado pelo planeta na formação do Cinturão de Kuiper. Dessa forma, este estudo prevê a existência de um planeta com massa de aproximadamente 1,5 a 3 Terras no Sistema Solar distante, situado além de 200 unidades astronômicas.
Segundo o professor, existem três possíveis órbitas para este mundo hipotético, todas variando entre 200 e 800 unidades astronômicas. Se a descoberta do planeta for confirmada, ela poderia fazer com que nosso sistema talvez voltasse a ter nove planetas.
— Além disso, assim como ocorreu em 2006 com a reclassificação de Plutão, precisaríamos aprimorar a definição de 'planeta', já que um planeta massivo localizado muito além de Netuno provavelmente pertenceria a uma nova classe — observou Patryk, em entrevista a agência de notícias da Unisinos. Para os próximos passos, ele planeja refinar os resultados com novas simulações.