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Falta um mês para a primeira prova do Enem: tire todas as dúvidas

21 de Outubro de 2021

Por Karla Dunder
R7 Educação
Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Falta um mês para a primeira prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que será aplicada no dia 21 de novembro tanto na versão impressa como digital. A segunda prova está agendada para o dia 28 de novembro. Saiba quais são as principais caracterísitcas da prova, como é feita a correção e como estudar.

O Enem surgiu para avaliar a qualidade do ensino médio, mas desde 2009 se tornou a principal porta de entrada para o ensino superior no país. A nota do exame é usada no Sisu (Sistema de Seleção Unificado), uma espécie de leilão de vagas das universidades públicas e o estudante também pode usar a avaliação para conquistar uma bolsa pelo Prouni (Programa Universidade para Todos) ou financiamento via Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante).

As provas do Enem contam com 180 questões de múltipla escolha aplicadas em dois domingos consecultivos. As perguntas objetivas são divididas em quatro áreas de conhecimento: Ciências Humanas e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias.

No primeiro dia o candidato tem 5h30 para responder a 45 questões de ciências humanas, 45 de linguagens e escrever uma redação. No segundo dia de prova, precisa responder a 45 perguntas de matemática e mais 45 de ciências da natureza em 5h. No total, uma maratona com 10h30 de duração.

Prova e Correção

“É importante que o aluno saiba que a prova do Enem tem um mesmo padrão de dificuldade de um ano para outro. Além disso, o banco de itens (questões) do Enem — que é utilizado para elaboração da prova — não é alimentado há alguns anos, então o jovem não deve esperar que caiam questões relacionadas à pandemia, retirada das tropas americanas do Iraque, Olimpíadas 2021, entre outros assuntos recentes”, explica Caê Lavor, diretor de avaliações e pré-universitário do SAS.

A matriz de conteúdo que rege o teste foi proposta em 2009 e há muitas questões que abordam assuntos do ensino fundamental. “Para responder as questões do Enem, o aluno não precisa decorar fórmulas, pois ela cobra mais habilidades e conhecimentos práticos. As questões são contextualizadas e trazem informações que ajudam o estudante a resolvê-las”, explica Caê.

O Enem é corrigido por TRI (Teoria de Resposta ao Item) — cada questão é qualificada por meio três parâmetros: a proficiência, o grau de dificuldade e, ainda, a chance de acerto por "chute" — quando o estudante decide responder de forma aleatória e sem domínio do assunto exigido pela prova. As questões do Enem são pré-classificadas como fáceis, médias e difícices. A TRI faz uma análise "antichute" para calcular a nota final.

As respostas devem ser passadas para o cartão-resposta de leitura optica e o candidato deve usar caneta esferográfica de tinta preta. Em caso de rasura, a questão será anulada. Já a redação deve ser entregue na folha de redação, que tem o nome do candidato.

Redação

O estudante deve escrever um texto dissertativo-argumentativo de sete a 30 linhas. Não precisa colocar título no texto, mas se a redação tiver menos de sete linhas ou se fugir do tema proposta, o candidato tira zero.

A professora de redação e coordenadora da área de linguagens do Colégio Oficina do Estudante de Campinas (SP), Fabiana Gomes de Camargo, explica os tipos de argumentos existentes, como definir o mais indicado para o texto e qual modelo é mais adequado para ser avaliado pelas bancas corretoras do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e dos demais vestibulares do país. Veja:

  • 1) Argumentos de valor universal: consiste na expressão verbal de um raciocínio lógico, por meio da relação entre dados conhecidos e desta forma é possível chegar a uma conclusão.
  • 2) Referências e citações: são relações intertextuais, o estudante apresenta o discurso produzido por outras pessoas que corroboram com o ponto de vista defendido. Incluem-se os argumentos de autoridade, os depoimentos e menções a personagens e obras da literatura em geral.
  • 3) Contra argumentação: consiste em apresentar argumentos contrários ao ponto de vista defendido, para refutar e mostrar que não são válidos ou têm validade limitada.
  • 4) Dados colhidos da realidade: consiste na apresentação de informações de conhecimento geral, que fazem parte do repertório sociocultural que o autor do texto e leitores compartilham como por exemplo resultados de pesquisas e o conhecimento de diversas áreas do conhecimento como, história, geografia, filosofia, física e entre outras.

Para Fabiana Gomes de Camargo, os tipos de argumentos citados são adequados por terem caráter relativamente universal, por terem maior probabilidade de serem aceitos por qualquer leitor. 'Existem outros tipos que devem ser evitados por serem muito pessoais ou específicos e só seriam aceitos em determinados contextos sócio comunicativos, como depoimentos pessoais ou argumentos de ordem religiosa', explica

Segundo a professora, mais importante do que ter argumentos pertinentes para defender o seu ponto de vista, é saber desenvolvê-los corretamente. Ela também destaca algumas estratégias na hora de escrever a redação como definir o assunto do texto ou conceitos que sejam essenciais para a compreensão, questionamento dirigido ao leitor por meio de perguntas retóricas e reprodução de ideias ou informações apreendidas a partir de estudo de textos de outros autores

Outra estratégia apontada por Fabiana é a relação de causa e consequência. 'Funciona como justificativa para afirmações feitas ao longo do texto, evidenciando as relações existentes entre um fenômeno e teorias', diz. A comparação textual também é indicada, porque consiste na relação de aproximação entre fenômenos, fatos ou ideais, buscando estabelecer entre eles uma relação de semelhança ou de distinção.

Por fim, ela destaca os cuidados que o estudante deve ter ao escolher um tipo de argumentação e desenvolvê-la. 'Uma das principais falhas na construção de uma redação dissertativo-argumentativa é a questão da não-diferenciação entre o tema e recorte temático', explica. 'Essa confusão atrapalha na formulação dos argumentos, uma vez que não se apresentam justificativas sobre uma problemática', diz. Para a professora, é fundamental que o aluno faça uma boa leitura da proposta e atente-se ao recorte solicitado.

As redações do Enem são avaliadas em cinco competências: domínio da norma padrão; compreensão da proposta da redação; conhecimento do texto argumentativo e elaboração das propostas de intervenção. Cada competência vale 200 pontos, se o estudante conseguir a pontuação máxima em todas, a nota será mil.

Ainda dá tempo de estudar?

A dica é planejar o tempo entre revisão de conteúdo, produção de textos e um tempo de descanso. É hora de ler os resumos, acompanhar videoaulas e fazer exercícios das provas anteriores.

O Enem é uma corrida contra o tempo e por essa razão vale treinar e controlar o relógio. É importante destacar que a o aluno treine em casa o tempo de prova para ver como o seu corpo reage, afinal, são muitas horas para ficar sentado. Por essa razão, vale fazer provas de edições passadas usando o cronômetro como treino e máscara.


Por Karla Dunder
R7 Educação
Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Falta um mês para a primeira prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que será aplicada no dia 21 de novembro tanto na versão impressa como digital. A segunda prova está agendada para o dia 28 de novembro. Saiba quais são as principais caracterísitcas da prova, como é feita a correção e como estudar.

O Enem surgiu para avaliar a qualidade do ensino médio, mas desde 2009 se tornou a principal porta de entrada para o ensino superior no país. A nota do exame é usada no Sisu (Sistema de Seleção Unificado), uma espécie de leilão de vagas das universidades públicas e o estudante também pode usar a avaliação para conquistar uma bolsa pelo Prouni (Programa Universidade para Todos) ou financiamento via Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante).

As provas do Enem contam com 180 questões de múltipla escolha aplicadas em dois domingos consecultivos. As perguntas objetivas são divididas em quatro áreas de conhecimento: Ciências Humanas e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias.

No primeiro dia o candidato tem 5h30 para responder a 45 questões de ciências humanas, 45 de linguagens e escrever uma redação. No segundo dia de prova, precisa responder a 45 perguntas de matemática e mais 45 de ciências da natureza em 5h. No total, uma maratona com 10h30 de duração.

Prova e Correção

“É importante que o aluno saiba que a prova do Enem tem um mesmo padrão de dificuldade de um ano para outro. Além disso, o banco de itens (questões) do Enem — que é utilizado para elaboração da prova — não é alimentado há alguns anos, então o jovem não deve esperar que caiam questões relacionadas à pandemia, retirada das tropas americanas do Iraque, Olimpíadas 2021, entre outros assuntos recentes”, explica Caê Lavor, diretor de avaliações e pré-universitário do SAS.

A matriz de conteúdo que rege o teste foi proposta em 2009 e há muitas questões que abordam assuntos do ensino fundamental. “Para responder as questões do Enem, o aluno não precisa decorar fórmulas, pois ela cobra mais habilidades e conhecimentos práticos. As questões são contextualizadas e trazem informações que ajudam o estudante a resolvê-las”, explica Caê.

O Enem é corrigido por TRI (Teoria de Resposta ao Item) — cada questão é qualificada por meio três parâmetros: a proficiência, o grau de dificuldade e, ainda, a chance de acerto por "chute" — quando o estudante decide responder de forma aleatória e sem domínio do assunto exigido pela prova. As questões do Enem são pré-classificadas como fáceis, médias e difícices. A TRI faz uma análise "antichute" para calcular a nota final.

As respostas devem ser passadas para o cartão-resposta de leitura optica e o candidato deve usar caneta esferográfica de tinta preta. Em caso de rasura, a questão será anulada. Já a redação deve ser entregue na folha de redação, que tem o nome do candidato.

Redação

O estudante deve escrever um texto dissertativo-argumentativo de sete a 30 linhas. Não precisa colocar título no texto, mas se a redação tiver menos de sete linhas ou se fugir do tema proposta, o candidato tira zero.

A professora de redação e coordenadora da área de linguagens do Colégio Oficina do Estudante de Campinas (SP), Fabiana Gomes de Camargo, explica os tipos de argumentos existentes, como definir o mais indicado para o texto e qual modelo é mais adequado para ser avaliado pelas bancas corretoras do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e dos demais vestibulares do país. Veja:

  • 1) Argumentos de valor universal: consiste na expressão verbal de um raciocínio lógico, por meio da relação entre dados conhecidos e desta forma é possível chegar a uma conclusão.
  • 2) Referências e citações: são relações intertextuais, o estudante apresenta o discurso produzido por outras pessoas que corroboram com o ponto de vista defendido. Incluem-se os argumentos de autoridade, os depoimentos e menções a personagens e obras da literatura em geral.
  • 3) Contra argumentação: consiste em apresentar argumentos contrários ao ponto de vista defendido, para refutar e mostrar que não são válidos ou têm validade limitada.
  • 4) Dados colhidos da realidade: consiste na apresentação de informações de conhecimento geral, que fazem parte do repertório sociocultural que o autor do texto e leitores compartilham como por exemplo resultados de pesquisas e o conhecimento de diversas áreas do conhecimento como, história, geografia, filosofia, física e entre outras.

Para Fabiana Gomes de Camargo, os tipos de argumentos citados são adequados por terem caráter relativamente universal, por terem maior probabilidade de serem aceitos por qualquer leitor. 'Existem outros tipos que devem ser evitados por serem muito pessoais ou específicos e só seriam aceitos em determinados contextos sócio comunicativos, como depoimentos pessoais ou argumentos de ordem religiosa', explica

Segundo a professora, mais importante do que ter argumentos pertinentes para defender o seu ponto de vista, é saber desenvolvê-los corretamente. Ela também destaca algumas estratégias na hora de escrever a redação como definir o assunto do texto ou conceitos que sejam essenciais para a compreensão, questionamento dirigido ao leitor por meio de perguntas retóricas e reprodução de ideias ou informações apreendidas a partir de estudo de textos de outros autores

Outra estratégia apontada por Fabiana é a relação de causa e consequência. 'Funciona como justificativa para afirmações feitas ao longo do texto, evidenciando as relações existentes entre um fenômeno e teorias', diz. A comparação textual também é indicada, porque consiste na relação de aproximação entre fenômenos, fatos ou ideais, buscando estabelecer entre eles uma relação de semelhança ou de distinção.

Por fim, ela destaca os cuidados que o estudante deve ter ao escolher um tipo de argumentação e desenvolvê-la. 'Uma das principais falhas na construção de uma redação dissertativo-argumentativa é a questão da não-diferenciação entre o tema e recorte temático', explica. 'Essa confusão atrapalha na formulação dos argumentos, uma vez que não se apresentam justificativas sobre uma problemática', diz. Para a professora, é fundamental que o aluno faça uma boa leitura da proposta e atente-se ao recorte solicitado.

As redações do Enem são avaliadas em cinco competências: domínio da norma padrão; compreensão da proposta da redação; conhecimento do texto argumentativo e elaboração das propostas de intervenção. Cada competência vale 200 pontos, se o estudante conseguir a pontuação máxima em todas, a nota será mil.

Ainda dá tempo de estudar?

A dica é planejar o tempo entre revisão de conteúdo, produção de textos e um tempo de descanso. É hora de ler os resumos, acompanhar videoaulas e fazer exercícios das provas anteriores.

O Enem é uma corrida contra o tempo e por essa razão vale treinar e controlar o relógio. É importante destacar que a o aluno treine em casa o tempo de prova para ver como o seu corpo reage, afinal, são muitas horas para ficar sentado. Por essa razão, vale fazer provas de edições passadas usando o cronômetro como treino e máscara.