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Tira Dúvidas

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O que é enxaqueca?

22 de Julho de 2019

Por Letycia Bond/ Agência Brasil 
Edição: Maria Claudia

A enxaqueca é classificada como um distúrbio neurológico comum e tem como sintomas cefaleia (dor de cabeça), náuseas (enjoo), vômito, tonturas, formigamento e dormência do corpo e as chamadas "auras", que se manifestam antes ou durante as crises, na forma de pontos luminosos, escuros ou linhas em ziguezague.

O quadro também pode abranger sensibilidade a cheiros, à luz ou ao sons, ou seja, o paciente sente uma piora ao ser exposto a determinados odores, a lugares muito claros ou com muito barulho.

Se não tratada adequadamente, a enxaqueca pode se tornar uma doença incapacitante, que pode impedir o paciente de realizar suas tarefas cotidianas.

De acordo com a neurologia Márcia Silva Neiva, do Hospital Brasília, isso pode ocorrer tanto quando a crise é aguda como em casos crônicos.

Medicamentos

Nas duas situações, pode haver prejuízo das atividades profissionais, de lazer ou sociais. A neurologista comenta que a dificuldade em cumprir deveres ou comparecer a compromissos que dão prazer, como encontros com amigos, acaba afetando o humor do paciente, principalmente se o caso for crônico.

"Esse paciente está praticamente acostumado, mas não rende o que renderia se não estivesse com dor. Vive com dor e acaba não participando tanto das atividades, porque a dor o incapacita", acrescenta.

Segundo a médica, a principal queixa que aparece em seu consultório é a cefaleia. Embora a enxaqueca possa controlar o dia a dia de uma pessoa, se não houver tratamento, o diagnóstico é muito simples. Em geral, basta uma consulta.

"O diagnóstico é puramente clínico, ou seja, de acordo com a identificação dos sintomas, aliada a um exame físico e um exame neurológico normal, é que damos um diagnóstico de enxaqueca. Os exames de imagem, como uma tomografia, uma ressonância, são necessários quando o médico quer excluir outras causas que podem mimetizar uma enxaqueca. Mas, para a enxaqueca pura, eu não preciso de nenhum exame de imagem. Basta conversar com o paciente, colher uma historia detalhada e fazer um exame físico detalhado. Mais de 90% das dores de cabeça são primárias, que são a enxaqueca e a dor de cabeça tensional. Somente 10% delas é que vão demandar algum exame de imagem, quando se suspeita de algo mais grave. A rigor, um exame físico bem feito e uma histórica clínica bem colhida já dão o diagnóstico", diz Márcia.

Para os pacientes com enxaqueca, as recomendações são de manter uma boa rotina de sono, que reponha, de fato, as energias; alimentação saudável, sem excessos de gordura e cafeína; e praticar regularmente exercícios físicos.

Deve-se, ainda, evitar o uso excessivo de analgésicos (medicamentos prescritos para aliviar a dor), que podem acabar sendo um gatilho de crises. Conforme a Márcia, isso se explica porque há uma sobrecarga do organismo.

"Tem que tomar muito cuidado com os analgésicos, porque, às vezes, o paciente tem uma enxaqueca que não seria de difícil controle, mas começa a se automedicar e toma vários comprimidos durante a semana, para controlar uma dor de cabeça, que ele acha que é normal, e pode causar outra por uso excessivo de analgésicos. O paciente chega nesse ponto - e a maioria que nos procura já está assim - e, geralmente, é um pouquinho mais complicado [tratá-lo]. Quando se toma mais de dois analgésicos por semana, já há um excesso. Esse limiar é muito pequeno", enfatiza a neurologista.


Por Letycia Bond/ Agência Brasil 
Edição: Maria Claudia

A enxaqueca é classificada como um distúrbio neurológico comum e tem como sintomas cefaleia (dor de cabeça), náuseas (enjoo), vômito, tonturas, formigamento e dormência do corpo e as chamadas "auras", que se manifestam antes ou durante as crises, na forma de pontos luminosos, escuros ou linhas em ziguezague.

O quadro também pode abranger sensibilidade a cheiros, à luz ou ao sons, ou seja, o paciente sente uma piora ao ser exposto a determinados odores, a lugares muito claros ou com muito barulho.

Se não tratada adequadamente, a enxaqueca pode se tornar uma doença incapacitante, que pode impedir o paciente de realizar suas tarefas cotidianas.

De acordo com a neurologia Márcia Silva Neiva, do Hospital Brasília, isso pode ocorrer tanto quando a crise é aguda como em casos crônicos.

Medicamentos

Nas duas situações, pode haver prejuízo das atividades profissionais, de lazer ou sociais. A neurologista comenta que a dificuldade em cumprir deveres ou comparecer a compromissos que dão prazer, como encontros com amigos, acaba afetando o humor do paciente, principalmente se o caso for crônico.

"Esse paciente está praticamente acostumado, mas não rende o que renderia se não estivesse com dor. Vive com dor e acaba não participando tanto das atividades, porque a dor o incapacita", acrescenta.

Segundo a médica, a principal queixa que aparece em seu consultório é a cefaleia. Embora a enxaqueca possa controlar o dia a dia de uma pessoa, se não houver tratamento, o diagnóstico é muito simples. Em geral, basta uma consulta.

"O diagnóstico é puramente clínico, ou seja, de acordo com a identificação dos sintomas, aliada a um exame físico e um exame neurológico normal, é que damos um diagnóstico de enxaqueca. Os exames de imagem, como uma tomografia, uma ressonância, são necessários quando o médico quer excluir outras causas que podem mimetizar uma enxaqueca. Mas, para a enxaqueca pura, eu não preciso de nenhum exame de imagem. Basta conversar com o paciente, colher uma historia detalhada e fazer um exame físico detalhado. Mais de 90% das dores de cabeça são primárias, que são a enxaqueca e a dor de cabeça tensional. Somente 10% delas é que vão demandar algum exame de imagem, quando se suspeita de algo mais grave. A rigor, um exame físico bem feito e uma histórica clínica bem colhida já dão o diagnóstico", diz Márcia.

Para os pacientes com enxaqueca, as recomendações são de manter uma boa rotina de sono, que reponha, de fato, as energias; alimentação saudável, sem excessos de gordura e cafeína; e praticar regularmente exercícios físicos.

Deve-se, ainda, evitar o uso excessivo de analgésicos (medicamentos prescritos para aliviar a dor), que podem acabar sendo um gatilho de crises. Conforme a Márcia, isso se explica porque há uma sobrecarga do organismo.

"Tem que tomar muito cuidado com os analgésicos, porque, às vezes, o paciente tem uma enxaqueca que não seria de difícil controle, mas começa a se automedicar e toma vários comprimidos durante a semana, para controlar uma dor de cabeça, que ele acha que é normal, e pode causar outra por uso excessivo de analgésicos. O paciente chega nesse ponto - e a maioria que nos procura já está assim - e, geralmente, é um pouquinho mais complicado [tratá-lo]. Quando se toma mais de dois analgésicos por semana, já há um excesso. Esse limiar é muito pequeno", enfatiza a neurologista.