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Tira Dúvidas

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Quem foi Napoleão Bonaparte?

01 de Julho de 2019

Por Cláudio Fernandes
Mundo Educação/ UOL 

Ao longo da história da humanidade, muitas personalidades destacaram-se por seus feitos e transformaram-se em ídolos venerados por várias gerações. Nomes como Alexandre Magno, Júlio César, Otávio Augusto, Carlos Magno, entre outros, são emblemáticos por terem sido protagonistas de grandes acontecimentos da Idade Antiga.

Quando tratamos da transição da Idade Moderna para a Idade Contemporânea, a grande figura que desponta é a de Napoleão Bonaparte, e por vários motivos. Talvez o principal deles tenha sido a construção de um organismo político que mudou o mundo ocidental, sepultando a estrutura do absolutismo monárquico.

Napoleão Bonaparte (1769-1821) era filho da aristocracia italiana da ilha de Córsega (onde nascera), região que, à época, estava sob o domínio da França. Como boa parte dos jovens aristocratas de sua época, Napoleão dedicou-se desde muito cedo à carreira militar na Escola Militar de Paris, especializando-se como oficial de artilharia.

Ele conseguiu formar-se no ano de 1785. Quando eclodiu a revolução, em 1789, Napoleão passou a apoiar os revolucionários jacobinos e a se mostrar um habilidoso estrategista de batalhas. O primeiro grande feito militar ocorreu no início do Terror Jacobino, em 1792, no episódio conhecido como Cerco de Toulon, do qual foi comandante da artilharia.

Em 1794, quando a fase jacobina da revolução entrou em declínio, com a prisão e execução de seus principais líderes, Napoleão foi preso na cidade de Nice por estar a eles associado. Todavia, não ficou muito tempo encarcerado, haja vista que suas habilidades em estratégias de guerra tinham grande apreço pelos interessados na guerra contra a Áustria, que estava em curso em decorrência das ações revolucionárias.

Nesse mesmo ano os monarquistas franceses, associados com a burguesia moderada, lutavam por dar fim à Convenção Nacional e início à fase do Diretório (que foi instalado no ano seguinte).

Nos cinco anos que se seguiriam, o desempenho militar de Napoleão em regiões como a Itália e o Egito deu a ele uma projeção enorme. Essa projeção contribuiu para que Bonaparte se tornasse cônsul em 1799, junto a Roger Ducos e Emmanuel Sieyès.

Na fase do consulado, Napoleão começou a articular seu gênio bélico com habilidades administrativas, porém com posição política autoritária. Em 1804, Napoleão propôs, via plebiscito, a restituição do regime monárquico na França, sendo ele o primeiro imperador da Nação Francesa, isto é, da França encarada não como um Estado absolutista, mas como um Estado nacional e cidadão.

Napoleão tornou-se Imperador em 02 de dezembro de 1804, na catedral de Notre-Dame. Nessa ocasião, Napoleão, ao contrário do que era feito com os reis do absolutismo, autocoroou-se, isto é, não foi coroado pelo papa Pio VII, mas retirou das mãos deste a coroa que lhe era destinada e pôs na cabeça. Esse gesto simbólico deixava claro que o poder do imperador estava acima de qualquer outro.

Como imperador, Napoleão complementou muitas das ações de transformação radical do Estado francês. Executou as premissas do Código Napoleônico (que serviria de base para muitos códigos jurídicos nacionais posteriores), fez reformas de infraestrutura, reformas urbanas e incrementou o processo de industrialização francês.

Além disso, deu prosseguimento às campanhas militares contras os países europeus onde ainda vigorava o regime absolutista. Seus principais inimigos foram a Áustria e a Rússia, sem contar a Inglaterra, que apoiava e dava defesa à integridade de países acossados pelo exército napoleônico (“Grande Armée”).

Contra a Inglaterra, Napoleão decretou o Bloqueio Continental e promoveu a famosa batalha naval de Trafalgar, na qual foi derrotado pelas esquadras britânicas comandadas pelo Almirante Nelson. A recusa de Portugal de participar do Bloqueio Continental culminou na fuga da família real portuguesa para o Brasil – evento esse que recebeu a escolta da marinha inglesa.

O Império Napoleônico começou a ruir entre os anos de 1812 e 1815, quando Napoleão empreendeu uma grande campanha militar contra a Rússia, mas, ao mesmo tempo, precisava manter a unidade do império, por meio do exército, em outras regiões do continente.

A guerra contra a Rússia foi perdida, e uma das principais razões foi o inverno rigoroso russo. Nos anos seguintes, houve a formação de uma coligação europeia contra Napoleão que acabou resultando na invasão da França e em seu exílio na ilha de Elba, em 26 de fevereiro de 1815.

Mesmo no exílio, Napoleão ainda conseguiu organizar sua fuga e, com aqueles que ainda lhe eram fiéis, montou o Governo dos Cem Dias, em uma última tentativa de reestruturar o seu império. O grande momento do Governo dos Cem Dias foi a Batalha de Waterloo, ocorrida na Bélgica, em 18 de julho de 1815, que também foi perdida por Napoleão.

Após o episódio de Waterloo, o imperador francês foi novamente exilado, mas dessa vez na ilha de Santa Helena, no Atlântico Sul, sob a vigilância da marinha inglesa. Napoleão morreu nessa ilha no ano de 1821.


Por Cláudio Fernandes
Mundo Educação/ UOL 

Ao longo da história da humanidade, muitas personalidades destacaram-se por seus feitos e transformaram-se em ídolos venerados por várias gerações. Nomes como Alexandre Magno, Júlio César, Otávio Augusto, Carlos Magno, entre outros, são emblemáticos por terem sido protagonistas de grandes acontecimentos da Idade Antiga.

Quando tratamos da transição da Idade Moderna para a Idade Contemporânea, a grande figura que desponta é a de Napoleão Bonaparte, e por vários motivos. Talvez o principal deles tenha sido a construção de um organismo político que mudou o mundo ocidental, sepultando a estrutura do absolutismo monárquico.

Napoleão Bonaparte (1769-1821) era filho da aristocracia italiana da ilha de Córsega (onde nascera), região que, à época, estava sob o domínio da França. Como boa parte dos jovens aristocratas de sua época, Napoleão dedicou-se desde muito cedo à carreira militar na Escola Militar de Paris, especializando-se como oficial de artilharia.

Ele conseguiu formar-se no ano de 1785. Quando eclodiu a revolução, em 1789, Napoleão passou a apoiar os revolucionários jacobinos e a se mostrar um habilidoso estrategista de batalhas. O primeiro grande feito militar ocorreu no início do Terror Jacobino, em 1792, no episódio conhecido como Cerco de Toulon, do qual foi comandante da artilharia.

Em 1794, quando a fase jacobina da revolução entrou em declínio, com a prisão e execução de seus principais líderes, Napoleão foi preso na cidade de Nice por estar a eles associado. Todavia, não ficou muito tempo encarcerado, haja vista que suas habilidades em estratégias de guerra tinham grande apreço pelos interessados na guerra contra a Áustria, que estava em curso em decorrência das ações revolucionárias.

Nesse mesmo ano os monarquistas franceses, associados com a burguesia moderada, lutavam por dar fim à Convenção Nacional e início à fase do Diretório (que foi instalado no ano seguinte).

Nos cinco anos que se seguiriam, o desempenho militar de Napoleão em regiões como a Itália e o Egito deu a ele uma projeção enorme. Essa projeção contribuiu para que Bonaparte se tornasse cônsul em 1799, junto a Roger Ducos e Emmanuel Sieyès.

Na fase do consulado, Napoleão começou a articular seu gênio bélico com habilidades administrativas, porém com posição política autoritária. Em 1804, Napoleão propôs, via plebiscito, a restituição do regime monárquico na França, sendo ele o primeiro imperador da Nação Francesa, isto é, da França encarada não como um Estado absolutista, mas como um Estado nacional e cidadão.

Napoleão tornou-se Imperador em 02 de dezembro de 1804, na catedral de Notre-Dame. Nessa ocasião, Napoleão, ao contrário do que era feito com os reis do absolutismo, autocoroou-se, isto é, não foi coroado pelo papa Pio VII, mas retirou das mãos deste a coroa que lhe era destinada e pôs na cabeça. Esse gesto simbólico deixava claro que o poder do imperador estava acima de qualquer outro.

Como imperador, Napoleão complementou muitas das ações de transformação radical do Estado francês. Executou as premissas do Código Napoleônico (que serviria de base para muitos códigos jurídicos nacionais posteriores), fez reformas de infraestrutura, reformas urbanas e incrementou o processo de industrialização francês.

Além disso, deu prosseguimento às campanhas militares contras os países europeus onde ainda vigorava o regime absolutista. Seus principais inimigos foram a Áustria e a Rússia, sem contar a Inglaterra, que apoiava e dava defesa à integridade de países acossados pelo exército napoleônico (“Grande Armée”).

Contra a Inglaterra, Napoleão decretou o Bloqueio Continental e promoveu a famosa batalha naval de Trafalgar, na qual foi derrotado pelas esquadras britânicas comandadas pelo Almirante Nelson. A recusa de Portugal de participar do Bloqueio Continental culminou na fuga da família real portuguesa para o Brasil – evento esse que recebeu a escolta da marinha inglesa.

O Império Napoleônico começou a ruir entre os anos de 1812 e 1815, quando Napoleão empreendeu uma grande campanha militar contra a Rússia, mas, ao mesmo tempo, precisava manter a unidade do império, por meio do exército, em outras regiões do continente.

A guerra contra a Rússia foi perdida, e uma das principais razões foi o inverno rigoroso russo. Nos anos seguintes, houve a formação de uma coligação europeia contra Napoleão que acabou resultando na invasão da França e em seu exílio na ilha de Elba, em 26 de fevereiro de 1815.

Mesmo no exílio, Napoleão ainda conseguiu organizar sua fuga e, com aqueles que ainda lhe eram fiéis, montou o Governo dos Cem Dias, em uma última tentativa de reestruturar o seu império. O grande momento do Governo dos Cem Dias foi a Batalha de Waterloo, ocorrida na Bélgica, em 18 de julho de 1815, que também foi perdida por Napoleão.

Após o episódio de Waterloo, o imperador francês foi novamente exilado, mas dessa vez na ilha de Santa Helena, no Atlântico Sul, sob a vigilância da marinha inglesa. Napoleão morreu nessa ilha no ano de 1821.