• banner bolsa de estudo
  • banner aprovação medicina
  • banner aprovados unicamp
  • banner aprovados

Tira Dúvidas

  • Compartilhar
  • Oficina do Estudante no Facebook
  • Oficina do Estudante no Twitter
  • Imprimir Imprimir

Diferença entre carvão mineral e carvão vegetal

24 de Junho de 2019

Por Rafaela Sousa
Mundo Educação 

Muitas pessoas não sabem, mas existem na natureza dois tipos de carvão: o carvão vegetal e o carvão mineral. Muitos não sabem a diferença entre essas duas substâncias, mas elas são completamente diferentes, desde a sua formação à sua composição e uso. Para entender essas diferenças, primeiramente, precisamos saber algumas características particulares de cada tipo de carvão. Vamos lá?

As diferenças entre os tipos de carvão perpassam seu processo de formação, os elementos que os compõem e a finalidade de cada um.

→ Carvão mineral

O carvão mineral corresponde a uma das primeiras fontes de energia usadas pela humanidade. Seu uso intensificou-se no período da Revolução Industrial para gerar o vapor que movimentava as máquinas nas indústrias.

O carvão mineral, segundo o Serviço Geológico do Brasil, é uma rocha sedimentar de origem fóssil. Esse combustível fóssil é o mais abundante na natureza, sendo largamente utilizado nas diversas regiões do planeta, sendo a fonte de energia mais utilizada para geração de energia elétrica, segundo dados da Agência Internacional de Energia (IEA).

Como é formado o carvão mineral?

O carvão mineral origina-se da decomposição de matéria orgânica que ao ser depositada, soterrada e compactada sofre a ação de bactérias que sob condições específicas de temperatura e pressão, ao longo de um dado período, dão origem à substância de coloração negra ou marrom.

Características do carvão mineral

O carvão mineral tem sua qualidade medida a partir de seu poder calorífico. Isso significa que a sua capacidade de produzir calor é que mede a sua qualidade. O poder calorífico está relacionado à quantidade de carbono que compõe o carvão.

Além disso, a qualidade também implica no número de impurezas nele existentes, sendo ela variável, visto que há diversos tipos de carvão mineral. O poder calorífico e a quantidade de impurezas variam conforme a quantidade de carbono em cada tipo de carvão, que podem ser classificados em duas categorias: carvão de baixa qualidade e carvão de alta qualidade.

Composição do carvão mineral

O carvão mineral é composto principalmente por carbono. Segundo a Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais, o teor do elemento varia de 55% a 95%, classificando-o em mais ou menos ricos em carbono. O teor desse elemento é o que vai definir a maturidade geológica do mineral. Além do carbono, são também encontrados no carvão mineral: enxofre, nitrogênio, oxigênio e hidrogênio.

Tipos de carvão mineral

O carvão mineral pode ser classificado em quatro tipos segundo a concentração de carbono:

Turfa: possui teor de carbono entre 55% a 60% e permite a identificação de resto de vegetais;

Linhito: formado a partir da compressão da turfa e possui teor de carbono entre 67% a 78%;

Hulha: composta por betume, essa rocha sedimentar apresenta teor de carbono entre 80% a 90%;

Antracito: possui teor de carbono de aproximadamente 96% e corresponde à forma mais pura de carvão mineral.

→ Carvão vegetal

O carvão vegetal é um resíduo sólido utilizado desde a Antiguidade para fins medicinais e também na Segunda Guerra Mundial na retirada de gases tóxicos, visto sua capacidade de absorver impurezas. Ele é considerado uma fonte de energia renovável e isso se deve ao seu processo de formação, mas é pouco utilizado mundialmente, com exceção do Brasil, que é o maior produtor da América Latina e Caribe. É utilizado na indústria, especialmente em siderúrgicas e metalúrgicas, e também é usado como combustível em lareiras, churrasqueiras e fogões a lenha.

Como é formado o carvão vegetal?

O carvão vegetal é formado a partir da carbonização ou queima da biomassa que provém da madeira, que resulta em uma substância de coloração negra que é utilizada como fonte de energia.

Características do carvão vegetal

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o carvão vegetal possui baixo poder calorífico e concentra bastante impureza, ou seja, possui baixa capacidade de produzir calor. Contudo, destaca-se por conduzir oxigênio e por conseguir absorver impurezas sem que haja alteração da sua estrutura.

Composição do carvão vegetal

O carvão vegetal é composto por carbono, oxigênio, hidrogênio e cinzas. A qualidade do carvão é medida segundo a concentração de cada um desses elementos. Para que a qualidade seja boa é necessário que a madeira a ser carbonizada tenha cerca de 50% de carbono, 6,2% de hidrogênio, 42,2% de oxigênio e 0,4% de cinzas, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Vantagens e desvantagens do uso de carvão vegetal

→ Vantagens

É uma fonte de energia renovável, assim, sua produção contribui para a preservação do meio ambiente e evita o agravamento do efeito estufa;

O carvão vegetal possui fins medicinais e pode ser utilizado no tratamento de doenças, como tumores, úlceras, aftas, mau hálito, entre outras;

Por possuir capacidade de absorver impurezas e conduzir oxigênio, o carvão vegetal é considerado um eliminador de toxinas.

→ Desvantagens 

Apesar de ser uma fonte renovável de energia, boa parte da produção de carvão vegetal ainda é feita de maneira rudimentar e utilizando vegetação nativa e não de reflorestamento, agravando o desmatamento;

Emite gases poluentes devido ao uso de fornos rudimentares;

Possui baixo poder calorífico comparado ao carvão mineral;

O uso de carvão vegetal do tipo ativado para fins medicinais, quando não feitos sob orientação médica, pode provocar diarreias, prisão de ventre e vômitos.

Vantagens e desvantagens do uso de carvão mineral

→ Vantagens

O carvão mineral apresenta maior eficiência energética comparado ao carvão vegetal e outras fontes de energia devido ao seu alto poder calorífico;

Produz grandes quantidades de energia por unidade de peso;

Pode ser encontrado em quase todas as regiões do planeta.

→ Desvantagens

O carvão mineral é considerado o combustível fóssil mais poluente do mundo, contribuindo para a poluição atmosférica;

Por ser uma fonte de energia não renovável, suas reservas podem se esgotar ao longo do tempo;

A combustão do carvão emite à atmosfera diversos gases poluentes;

Pode provocar explosões em virtude de sua facilidade de inflamar.

Produção de carvão vegetal e carvão mineral no Brasil

O Brasil encontra-se em décimo lugar no ranking mundial de reservas de carvão mineral, segundo a Aneel. É possível encontrar esse combustível fóssil aqui especialmente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em 2010, o país consumiu aproximadamente 20 milhões e produziu um pouco mais de 13 milhões de toneladas de carvão mineral.

Já em relação ao carvão vegetal, o país é, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o maior produtor de carvão vegetal da América Latina e Caribe e também um dos maiores consumidores. Ele é produzido especialmente por oito estados brasileiros: Mato Grosso do Sul, Maranhão, Piauí, Bahia, Tocantins, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. A produção de carvão vegetal em 2015 alcançou cerca de 6,2 milhões de toneladas.


Por Rafaela Sousa
Mundo Educação 

Muitas pessoas não sabem, mas existem na natureza dois tipos de carvão: o carvão vegetal e o carvão mineral. Muitos não sabem a diferença entre essas duas substâncias, mas elas são completamente diferentes, desde a sua formação à sua composição e uso. Para entender essas diferenças, primeiramente, precisamos saber algumas características particulares de cada tipo de carvão. Vamos lá?

As diferenças entre os tipos de carvão perpassam seu processo de formação, os elementos que os compõem e a finalidade de cada um.

→ Carvão mineral

O carvão mineral corresponde a uma das primeiras fontes de energia usadas pela humanidade. Seu uso intensificou-se no período da Revolução Industrial para gerar o vapor que movimentava as máquinas nas indústrias.

O carvão mineral, segundo o Serviço Geológico do Brasil, é uma rocha sedimentar de origem fóssil. Esse combustível fóssil é o mais abundante na natureza, sendo largamente utilizado nas diversas regiões do planeta, sendo a fonte de energia mais utilizada para geração de energia elétrica, segundo dados da Agência Internacional de Energia (IEA).

Como é formado o carvão mineral?

O carvão mineral origina-se da decomposição de matéria orgânica que ao ser depositada, soterrada e compactada sofre a ação de bactérias que sob condições específicas de temperatura e pressão, ao longo de um dado período, dão origem à substância de coloração negra ou marrom.

Características do carvão mineral

O carvão mineral tem sua qualidade medida a partir de seu poder calorífico. Isso significa que a sua capacidade de produzir calor é que mede a sua qualidade. O poder calorífico está relacionado à quantidade de carbono que compõe o carvão.

Além disso, a qualidade também implica no número de impurezas nele existentes, sendo ela variável, visto que há diversos tipos de carvão mineral. O poder calorífico e a quantidade de impurezas variam conforme a quantidade de carbono em cada tipo de carvão, que podem ser classificados em duas categorias: carvão de baixa qualidade e carvão de alta qualidade.

Composição do carvão mineral

O carvão mineral é composto principalmente por carbono. Segundo a Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais, o teor do elemento varia de 55% a 95%, classificando-o em mais ou menos ricos em carbono. O teor desse elemento é o que vai definir a maturidade geológica do mineral. Além do carbono, são também encontrados no carvão mineral: enxofre, nitrogênio, oxigênio e hidrogênio.

Tipos de carvão mineral

O carvão mineral pode ser classificado em quatro tipos segundo a concentração de carbono:

Turfa: possui teor de carbono entre 55% a 60% e permite a identificação de resto de vegetais;

Linhito: formado a partir da compressão da turfa e possui teor de carbono entre 67% a 78%;

Hulha: composta por betume, essa rocha sedimentar apresenta teor de carbono entre 80% a 90%;

Antracito: possui teor de carbono de aproximadamente 96% e corresponde à forma mais pura de carvão mineral.

→ Carvão vegetal

O carvão vegetal é um resíduo sólido utilizado desde a Antiguidade para fins medicinais e também na Segunda Guerra Mundial na retirada de gases tóxicos, visto sua capacidade de absorver impurezas. Ele é considerado uma fonte de energia renovável e isso se deve ao seu processo de formação, mas é pouco utilizado mundialmente, com exceção do Brasil, que é o maior produtor da América Latina e Caribe. É utilizado na indústria, especialmente em siderúrgicas e metalúrgicas, e também é usado como combustível em lareiras, churrasqueiras e fogões a lenha.

Como é formado o carvão vegetal?

O carvão vegetal é formado a partir da carbonização ou queima da biomassa que provém da madeira, que resulta em uma substância de coloração negra que é utilizada como fonte de energia.

Características do carvão vegetal

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o carvão vegetal possui baixo poder calorífico e concentra bastante impureza, ou seja, possui baixa capacidade de produzir calor. Contudo, destaca-se por conduzir oxigênio e por conseguir absorver impurezas sem que haja alteração da sua estrutura.

Composição do carvão vegetal

O carvão vegetal é composto por carbono, oxigênio, hidrogênio e cinzas. A qualidade do carvão é medida segundo a concentração de cada um desses elementos. Para que a qualidade seja boa é necessário que a madeira a ser carbonizada tenha cerca de 50% de carbono, 6,2% de hidrogênio, 42,2% de oxigênio e 0,4% de cinzas, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Vantagens e desvantagens do uso de carvão vegetal

→ Vantagens

É uma fonte de energia renovável, assim, sua produção contribui para a preservação do meio ambiente e evita o agravamento do efeito estufa;

O carvão vegetal possui fins medicinais e pode ser utilizado no tratamento de doenças, como tumores, úlceras, aftas, mau hálito, entre outras;

Por possuir capacidade de absorver impurezas e conduzir oxigênio, o carvão vegetal é considerado um eliminador de toxinas.

→ Desvantagens 

Apesar de ser uma fonte renovável de energia, boa parte da produção de carvão vegetal ainda é feita de maneira rudimentar e utilizando vegetação nativa e não de reflorestamento, agravando o desmatamento;

Emite gases poluentes devido ao uso de fornos rudimentares;

Possui baixo poder calorífico comparado ao carvão mineral;

O uso de carvão vegetal do tipo ativado para fins medicinais, quando não feitos sob orientação médica, pode provocar diarreias, prisão de ventre e vômitos.

Vantagens e desvantagens do uso de carvão mineral

→ Vantagens

O carvão mineral apresenta maior eficiência energética comparado ao carvão vegetal e outras fontes de energia devido ao seu alto poder calorífico;

Produz grandes quantidades de energia por unidade de peso;

Pode ser encontrado em quase todas as regiões do planeta.

→ Desvantagens

O carvão mineral é considerado o combustível fóssil mais poluente do mundo, contribuindo para a poluição atmosférica;

Por ser uma fonte de energia não renovável, suas reservas podem se esgotar ao longo do tempo;

A combustão do carvão emite à atmosfera diversos gases poluentes;

Pode provocar explosões em virtude de sua facilidade de inflamar.

Produção de carvão vegetal e carvão mineral no Brasil

O Brasil encontra-se em décimo lugar no ranking mundial de reservas de carvão mineral, segundo a Aneel. É possível encontrar esse combustível fóssil aqui especialmente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em 2010, o país consumiu aproximadamente 20 milhões e produziu um pouco mais de 13 milhões de toneladas de carvão mineral.

Já em relação ao carvão vegetal, o país é, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o maior produtor de carvão vegetal da América Latina e Caribe e também um dos maiores consumidores. Ele é produzido especialmente por oito estados brasileiros: Mato Grosso do Sul, Maranhão, Piauí, Bahia, Tocantins, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. A produção de carvão vegetal em 2015 alcançou cerca de 6,2 milhões de toneladas.