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O trem descarrilou ou descarrilhou?

18 de Setembro de 2019

Por Paulo Montoia/ Guia do Estudante 
Imagem: iStock

O trem da economia preferiu descarrilar, mas descarrilhou também, sem culpa do motorneiro. Isso porque os dois termos são aceitos pela Academia Brasileira de Letras, fundada por Machado de Assis.

Ela regulamenta os termos aceitos, embora quem mande, lá no fundo, somos nós, os falantes.

O motivo é este: a fala e, como consequência, a grafia, são de domínio da sociedade, e não da Academia. Quando a palavra é usada na fala durante muito tempo, acaba incorporada à ortografia. O falar popular, portanto, também determina termos da língua e, às vezes, até regras. Não é à toa que cada vez mais caem nas provas as chamadas variantes linguísticas.

Se você digitar descarrilhamento no programa Microsoft Word, ou em uma plataforma como o WordPress, verá que ele fica grifadinho de vermelho. E isso é porque descarrilamento é um pouco mais usado do que a outra versão. Vem de carril, por onde passa o carro, uma palavra antiga para identificar os trilhos.

Mas não tira pontos na redação do Enem usar essa outra versão: ela foi admitida pelo Vocabulário da Língua Portuguesa (Volp), da Academia Brasileira de Letras do país, e está valendo. E vale também para os corretores da prova do Enem (deve valer também na Fuvest). Também são corretos os substantivos derivados, descarrilamento e descarrilhamento.

Você pode, sempre, verificar a grafia de alguma palavra no site da Academia (academia.org.br), em busca da palavra. Ou apenas fazer a busca ABL Volp e, a seguir, procurar a palavra. Porém, esse dicionário não detalha os significados da palavra, como os dicionários de Aurélio Buarque de Holanda, de Antônio Houaiss, ou de Caldas Aulete. 

Ele só registra a grafia aceita, e a categoria gramatical da palavra. Pelo que expomos aqui, acabaram aceitas, por exemplo, variações atropeladas de estrangeirismos, como escanear em vez de escanerizar (fazer cópia digital de um impresso ou foto), ambos termos são aceitos pelo Volp.


Por Paulo Montoia/ Guia do Estudante 
Imagem: iStock

O trem da economia preferiu descarrilar, mas descarrilhou também, sem culpa do motorneiro. Isso porque os dois termos são aceitos pela Academia Brasileira de Letras, fundada por Machado de Assis.

Ela regulamenta os termos aceitos, embora quem mande, lá no fundo, somos nós, os falantes.

O motivo é este: a fala e, como consequência, a grafia, são de domínio da sociedade, e não da Academia. Quando a palavra é usada na fala durante muito tempo, acaba incorporada à ortografia. O falar popular, portanto, também determina termos da língua e, às vezes, até regras. Não é à toa que cada vez mais caem nas provas as chamadas variantes linguísticas.

Se você digitar descarrilhamento no programa Microsoft Word, ou em uma plataforma como o WordPress, verá que ele fica grifadinho de vermelho. E isso é porque descarrilamento é um pouco mais usado do que a outra versão. Vem de carril, por onde passa o carro, uma palavra antiga para identificar os trilhos.

Mas não tira pontos na redação do Enem usar essa outra versão: ela foi admitida pelo Vocabulário da Língua Portuguesa (Volp), da Academia Brasileira de Letras do país, e está valendo. E vale também para os corretores da prova do Enem (deve valer também na Fuvest). Também são corretos os substantivos derivados, descarrilamento e descarrilhamento.

Você pode, sempre, verificar a grafia de alguma palavra no site da Academia (academia.org.br), em busca da palavra. Ou apenas fazer a busca ABL Volp e, a seguir, procurar a palavra. Porém, esse dicionário não detalha os significados da palavra, como os dicionários de Aurélio Buarque de Holanda, de Antônio Houaiss, ou de Caldas Aulete. 

Ele só registra a grafia aceita, e a categoria gramatical da palavra. Pelo que expomos aqui, acabaram aceitas, por exemplo, variações atropeladas de estrangeirismos, como escanear em vez de escanerizar (fazer cópia digital de um impresso ou foto), ambos termos são aceitos pelo Volp.