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O guia definitivo para o uso da vírgula

20 de Março de 2019

Por Arlete Bannwart Vieira/ Nova Escola 
Getty Images

Há quem acredite que as vírgulas devem constar sempre que se pretende fazer uma pausa no texto. 

Mas não é bem assim que funciona. 

Por meio da pontuação, indica-se, na escrita, as várias possibilidades de entonação da fala. 

Ela ajuda também a expressão de pensamentos, de emoções, de sentidos e assim torna mais precisa a compreensão de um texto. 

Dentre os sinais de pontuação, a vírgula é a que mais requer atenção. 

Existem situações em que o uso desse sinal é obrigatório levando em conta a estrutura da frase; em outras, se o deslocarmos, o sentido da frase será totalmente alterado.

Em que casos a vírgula é obrigatória e em que casos é proibida?

A estrutura da frase em Língua Portuguesa é formada por pares indissociáveis: sujeito + verbo; verbo + complemento. 

A primeira regra de ouro do uso da vírgula é: não se separam esses elementos com vírgula. 

Veja o exemplo:

O professor devolveu as provas corrigidas

O professor = sujeito
devolveu = verbo
as provas corrigidas = complemento do verbo "devolveu"

Quando algo "se intromete" nessa estrutura, a vírgula será usada:

O professor, durante a aula, devolveu, em silêncio, as provas corrigidas.

O professor = sujeito
durante a aula = adjunto adverbial de tempo
devolveu = verbo
em silêncio = adjunto adverbial
as provas corrigidas = complemento do verbo "devolveu"

QUANDO USAR 

1) Separar o aposto (termo explicativo):
Recife, a Veneza brasileira, se desenvolveu muito nos últimos anos.

2) Isolar vocativo (termo que chama a atenção):
Marcos, estamos a sua espera!
Estamos, Marcos, a sua espera!
Estamos a sua espera, Marcos!

3) Isolar expressões que indicam circunstâncias variadas como tempo, lugar, modo, companhia, entre outras (adjuntos adverbiais invertidos ou intercalados na oração):
Todos, em meio à festa, se puseram a fazer brindes aos convidados.
Durante muitos anos, fiz trabalho voluntário. Isso foi muito gratificante!

4) Antes dos conectivos mas, porém, contudo, pois, logo:
Faça suas escolhas, mas seja responsável por elas.
Estudou muito durante o ano, logo deve conseguir uma vaga na faculdade.

5) Isolar termos explicativos tais como isto é, a saber, por exemplo, digo, a meu ver, ou melhor, as quais servem para retificar, continuar ou concluir o que se está dizendo:
O amor, isto é, o maior dos sentimentos deve reger nossas atitudes.
Voltaremos a nos falar na quinta-feira, ou melhor, na sexta.

6) Separar termos coordenados (uma lista, por exemplo):
Amor, fortuna, ciência. Apenas isso não traz felicidade.
Durante a juventude viveu no Brasil, na França, na Itália.
Saiu de casa, fechou a porta e foi-se, para sempre, daquele lugar.

QUANDO NÃO USAR 

1) Para separar sujeito e predicado:
O tapete persa (sujeito, ser de quem se diz alguma coisa) nos serviu de cama durante muitos anos (predicado, tudo o que se diz do sujeito).

2) Entre verbo e complemento:
O presidente mudou (verbo) os planos de viagem (complemento do verbo).
O homem deve obedecer (verbo) a princípios éticos (complemento do verbo).

QUESTÕES DE VESTIBULAR 

1) (ITA) Qual das sequências abaixo jamais admitirá, de acordo com as nossas gramáticas, o emprego de duas vírgulas?
a) O irmão meu que estava doente não chegou na hora.
b) Mesmo que tu chegues atrasado José não deixes de trazer as revistas que te emprestei sábado último.
c) A mulher se divide em quatro partes cabeça tronco membros e espelho.
d) Jamais lhe poderei dizer que isto se passou na casa de uma das mais tradicionais famílias da região os Mesquitas.
e) A muito custo após algumas horas disseram que não haviam chegado os impressos para formalizar a petição.

2) (ESPM) Nesta frase de um imaginário outdoor: Este é o refrigerante amigo, dos seus amigos!

a) O emprego da única vírgula é suficiente para que se entenda amigo como um vocativo.
b) Falta uma vírgula depois de refrigerante, se a intenção é utilizar amigo como vocativo.
c) Falta uma vírgula depois de este, se a intenção é dar ênfase ao destinatário da frase.
d) O emprego da vírgula está correto, se a intenção é utilizar dos seus amigos como complemento do nome amigo.
e) A vírgula deve ser abolida, se a intenção é empregar amigo como vocativo.

Respostas: 1) d / 2) b


Por Arlete Bannwart Vieira/ Nova Escola 
Getty Images

Há quem acredite que as vírgulas devem constar sempre que se pretende fazer uma pausa no texto. 

Mas não é bem assim que funciona. 

Por meio da pontuação, indica-se, na escrita, as várias possibilidades de entonação da fala. 

Ela ajuda também a expressão de pensamentos, de emoções, de sentidos e assim torna mais precisa a compreensão de um texto. 

Dentre os sinais de pontuação, a vírgula é a que mais requer atenção. 

Existem situações em que o uso desse sinal é obrigatório levando em conta a estrutura da frase; em outras, se o deslocarmos, o sentido da frase será totalmente alterado.

Em que casos a vírgula é obrigatória e em que casos é proibida?

A estrutura da frase em Língua Portuguesa é formada por pares indissociáveis: sujeito + verbo; verbo + complemento. 

A primeira regra de ouro do uso da vírgula é: não se separam esses elementos com vírgula. 

Veja o exemplo:

O professor devolveu as provas corrigidas

O professor = sujeito
devolveu = verbo
as provas corrigidas = complemento do verbo "devolveu"

Quando algo "se intromete" nessa estrutura, a vírgula será usada:

O professor, durante a aula, devolveu, em silêncio, as provas corrigidas.

O professor = sujeito
durante a aula = adjunto adverbial de tempo
devolveu = verbo
em silêncio = adjunto adverbial
as provas corrigidas = complemento do verbo "devolveu"

QUANDO USAR 

1) Separar o aposto (termo explicativo):
Recife, a Veneza brasileira, se desenvolveu muito nos últimos anos.

2) Isolar vocativo (termo que chama a atenção):
Marcos, estamos a sua espera!
Estamos, Marcos, a sua espera!
Estamos a sua espera, Marcos!

3) Isolar expressões que indicam circunstâncias variadas como tempo, lugar, modo, companhia, entre outras (adjuntos adverbiais invertidos ou intercalados na oração):
Todos, em meio à festa, se puseram a fazer brindes aos convidados.
Durante muitos anos, fiz trabalho voluntário. Isso foi muito gratificante!

4) Antes dos conectivos mas, porém, contudo, pois, logo:
Faça suas escolhas, mas seja responsável por elas.
Estudou muito durante o ano, logo deve conseguir uma vaga na faculdade.

5) Isolar termos explicativos tais como isto é, a saber, por exemplo, digo, a meu ver, ou melhor, as quais servem para retificar, continuar ou concluir o que se está dizendo:
O amor, isto é, o maior dos sentimentos deve reger nossas atitudes.
Voltaremos a nos falar na quinta-feira, ou melhor, na sexta.

6) Separar termos coordenados (uma lista, por exemplo):
Amor, fortuna, ciência. Apenas isso não traz felicidade.
Durante a juventude viveu no Brasil, na França, na Itália.
Saiu de casa, fechou a porta e foi-se, para sempre, daquele lugar.

QUANDO NÃO USAR 

1) Para separar sujeito e predicado:
O tapete persa (sujeito, ser de quem se diz alguma coisa) nos serviu de cama durante muitos anos (predicado, tudo o que se diz do sujeito).

2) Entre verbo e complemento:
O presidente mudou (verbo) os planos de viagem (complemento do verbo).
O homem deve obedecer (verbo) a princípios éticos (complemento do verbo).

QUESTÕES DE VESTIBULAR 

1) (ITA) Qual das sequências abaixo jamais admitirá, de acordo com as nossas gramáticas, o emprego de duas vírgulas?
a) O irmão meu que estava doente não chegou na hora.
b) Mesmo que tu chegues atrasado José não deixes de trazer as revistas que te emprestei sábado último.
c) A mulher se divide em quatro partes cabeça tronco membros e espelho.
d) Jamais lhe poderei dizer que isto se passou na casa de uma das mais tradicionais famílias da região os Mesquitas.
e) A muito custo após algumas horas disseram que não haviam chegado os impressos para formalizar a petição.

2) (ESPM) Nesta frase de um imaginário outdoor: Este é o refrigerante amigo, dos seus amigos!

a) O emprego da única vírgula é suficiente para que se entenda amigo como um vocativo.
b) Falta uma vírgula depois de refrigerante, se a intenção é utilizar amigo como vocativo.
c) Falta uma vírgula depois de este, se a intenção é dar ênfase ao destinatário da frase.
d) O emprego da vírgula está correto, se a intenção é utilizar dos seus amigos como complemento do nome amigo.
e) A vírgula deve ser abolida, se a intenção é empregar amigo como vocativo.

Respostas: 1) d / 2) b