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Monocultura e problemas ambientais

12 de Fevereiro de 2019

Por Rafaela Sousa em Geografia Econômica
Mundo Educação

Monocultura refere-se ao plantio de uma única cultura realizada, comumente, em latifúndios (propriedades rurais de grande extensão exploradas por meio de técnicas de baixa produtividade). Um grande exemplo de monocultura é o cultivo de soja.

Existe ainda a monocultura de animais, que consiste na criação de uma única espécie. Um exemplo é a criação de gado voltada para a produção de carne e leite. Essa prática agrícola ou animal está associada a diversos problemas ambientais, como empobrecimento do solo, desmatamento e redução da biodiversidade.

Como é praticada a monocultura?

A monocultura é praticada, geralmente, por proprietário de terra que visa à exportação. Logo, a escolha do produto está associada ao mercado internacional. O cultivo de um único produto em uma grande extensão de terra requer a preparação da área. Para que isso seja possível, é preciso retirar toda a cobertura vegetal, o que provoca inúmeros impactos ambientais. São características dessa prática agrícola: retirada da cobertura vegetal, preparo do solo para plantio, cultivo de um único produto diversas vezes na mesma área e uso elevado de agrotóxicos.

Consequências da monocultura

A monocultura é uma prática agrícola e pecuária que provoca diversos problemas ambientais. O cultivo de um único produto é extremamente prejudicial ao solo, visto que uma única espécie cultivada sempre em uma mesma área acaba esgotando todos os nutrientes presentes no solo, levando-o à exaustão e ao empobrecimento nutricional.

A monocultura também requer intenso uso de agrotóxicos e fertilizantes, que, se usados com intensidade e de maneira incorreta, provocam a contaminação dos solos, dos lençóis freáticos e dos recursos hídricos próximos à área de cultivo.

Outro problema ambiental associado à prática de um único produto agrícola é o desmatamento. Para viabilizar a produção, é necessário retirar a cobertura vegetal de extensas áreas. O desmatamento, além de provocar alterações climáticas da região, provoca perda da biodiversidade e desequilíbrio ecológico, já que muitas espécies perdem seu habitat e sua fonte de alimentação.

Latifúndios

A monocultura é uma prática agrícola que remonta ao período colonial, visto que as potências europeias praticavam nas colônias as plantations de exportação, sistema agrícola de exploração colonial baseado em latifúndios, monocultura, mão de obra escrava e exportação. Mundialmente, a produção agrícola concentra-se em monoculturas que produzem em larga escala e que são voltadas para fins econômicos e para o atendimento da demanda alimentícia de toda a população.

A monocultura faz parte da estrutura fundiária do Brasil desde o início de seu desenvolvimento como país agrário, no século XVI. Nessa época, havia o monocultivo da cana-de-açúcar em São Paulo, Minas Gerais e na região da Zona da Mata, no Nordeste do país, onde foi mais acentuado. Essa monocultura visava à exportação para os países europeus.

A Revolução Verde disseminou novas técnicas agrícolas e sementes, aumentando a produção agrícola e impulsionando a monocultura. A indústria foi apropriada pela agricultura, que passou a produzir em larga escala um único produto para o mercado externo.

Posteriormente à monocultura da cana-de-açúcar, o café ganhou o cenário agrícola, tornando-se o principal produto de exportação do Brasil nos séculos XIX e XX. Esse monocultivo era realizado nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. A produção cafeeira estava associada aos latifúndios e à mão de obra escrava.

Atualmente, a monocultura de soja é uma das mais expressivas no Brasil, sendo o país o segundo maior produtor e o maior exportador do mundo. A expansão de soja no país teve início na década de 1970, e, em 2017, o Brasil já era o maior exportador de soja em grãos do mundo.

Monocultura da cana-de-açúcar

A cana-de-açúcar passou a ser cultivada no Brasil no início do século XVI, principalmente na região Nordeste do país em virtude das condições climáticas, das características favoráveis do solo e do relevo. Sua produção era voltada para o mercado externo, sendo, portanto, a base da economia nesse período.

O cultivo de cana-de-açúcar no Brasil estava associado às grandes extensões de terra (latifúndios) e ao emprego de mão de obra escrava (indígena e africana). Com a introdução da cultura do café, os trabalhadores rurais deixaram os engenhos e seguiram para as fazendas cafeeiras.

O Brasil é um dos principais produtores de cana-de-açúcar do mundo.

Atualmente, a produção de cana-de-açúcar está bastante associada a seus subprodutos, como o etanol. O país produz mais da metade de todo o açúcar consumido no mundo todo, sendo também o maior produtor mundial de etanol. Em 2009, o Brasil produziu cerca de 670 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Em 2017, a produção ultrapassou 694 milhões de toneladas. Além do etanol, a cana gera outros subprodutos, como o bagaço, utilizado na produção de energia (biomassa), produtos farmacêuticos, alimentícios e químicos.

No Brasil, localizam-se, aproximadamente, 400 usinas de processamento de cana-de-açúcar, com produção concentrada na região Sudeste do país. Atualmente, o cultivo tem-se expandido para a região Centro-Oeste. A área destinada à monocultura da cana-de-açúcar representa cerca de 3% do total de terras agricultáveis no país.

Exemplos de monocultura

→ Cultivo de cana-de-açúcar

A cana-de-açúcar, um dos principais monocultivos do Brasil, é utilizada para produção de etanol.

→ Cultivo de soja

O Brasil é o segundo maior produtor e o maior exportador de soja do mundo.

→ Cultivo de café

A produção cafeeira no Brasil concentra-se nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo.

→ Cultivo de eucalipto

A produção de eucalipto no Brasil concentra-se nas regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste.

Policultura

A policultura consiste na produção de diferentes espécies em um mesma área, normalmente, reduzida.

Diferentemente da monocultura, a policultura representa o cultivo de diversos produtos em uma mesma área. Normalmente, é uma prática agrícola realizada por pequenos produtores rurais que visam à diversificação de produtos em sua terra. Há, então, o abastecimento apenas das próprias famílias e do mercado interno. A policultura requer menos espaço para produção, além de menor emprego tecnológico e de agrotóxicos. É considerada uma forma sustentável de produção agrícola, pois, se comparada à monocultura, agride bem menos o meio ambiente.


Por Rafaela Sousa em Geografia Econômica
Mundo Educação

Monocultura refere-se ao plantio de uma única cultura realizada, comumente, em latifúndios (propriedades rurais de grande extensão exploradas por meio de técnicas de baixa produtividade). Um grande exemplo de monocultura é o cultivo de soja.

Existe ainda a monocultura de animais, que consiste na criação de uma única espécie. Um exemplo é a criação de gado voltada para a produção de carne e leite. Essa prática agrícola ou animal está associada a diversos problemas ambientais, como empobrecimento do solo, desmatamento e redução da biodiversidade.

Como é praticada a monocultura?

A monocultura é praticada, geralmente, por proprietário de terra que visa à exportação. Logo, a escolha do produto está associada ao mercado internacional. O cultivo de um único produto em uma grande extensão de terra requer a preparação da área. Para que isso seja possível, é preciso retirar toda a cobertura vegetal, o que provoca inúmeros impactos ambientais. São características dessa prática agrícola: retirada da cobertura vegetal, preparo do solo para plantio, cultivo de um único produto diversas vezes na mesma área e uso elevado de agrotóxicos.

Consequências da monocultura

A monocultura é uma prática agrícola e pecuária que provoca diversos problemas ambientais. O cultivo de um único produto é extremamente prejudicial ao solo, visto que uma única espécie cultivada sempre em uma mesma área acaba esgotando todos os nutrientes presentes no solo, levando-o à exaustão e ao empobrecimento nutricional.

A monocultura também requer intenso uso de agrotóxicos e fertilizantes, que, se usados com intensidade e de maneira incorreta, provocam a contaminação dos solos, dos lençóis freáticos e dos recursos hídricos próximos à área de cultivo.

Outro problema ambiental associado à prática de um único produto agrícola é o desmatamento. Para viabilizar a produção, é necessário retirar a cobertura vegetal de extensas áreas. O desmatamento, além de provocar alterações climáticas da região, provoca perda da biodiversidade e desequilíbrio ecológico, já que muitas espécies perdem seu habitat e sua fonte de alimentação.

Latifúndios

A monocultura é uma prática agrícola que remonta ao período colonial, visto que as potências europeias praticavam nas colônias as plantations de exportação, sistema agrícola de exploração colonial baseado em latifúndios, monocultura, mão de obra escrava e exportação. Mundialmente, a produção agrícola concentra-se em monoculturas que produzem em larga escala e que são voltadas para fins econômicos e para o atendimento da demanda alimentícia de toda a população.

A monocultura faz parte da estrutura fundiária do Brasil desde o início de seu desenvolvimento como país agrário, no século XVI. Nessa época, havia o monocultivo da cana-de-açúcar em São Paulo, Minas Gerais e na região da Zona da Mata, no Nordeste do país, onde foi mais acentuado. Essa monocultura visava à exportação para os países europeus.

A Revolução Verde disseminou novas técnicas agrícolas e sementes, aumentando a produção agrícola e impulsionando a monocultura. A indústria foi apropriada pela agricultura, que passou a produzir em larga escala um único produto para o mercado externo.

Posteriormente à monocultura da cana-de-açúcar, o café ganhou o cenário agrícola, tornando-se o principal produto de exportação do Brasil nos séculos XIX e XX. Esse monocultivo era realizado nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. A produção cafeeira estava associada aos latifúndios e à mão de obra escrava.

Atualmente, a monocultura de soja é uma das mais expressivas no Brasil, sendo o país o segundo maior produtor e o maior exportador do mundo. A expansão de soja no país teve início na década de 1970, e, em 2017, o Brasil já era o maior exportador de soja em grãos do mundo.

Monocultura da cana-de-açúcar

A cana-de-açúcar passou a ser cultivada no Brasil no início do século XVI, principalmente na região Nordeste do país em virtude das condições climáticas, das características favoráveis do solo e do relevo. Sua produção era voltada para o mercado externo, sendo, portanto, a base da economia nesse período.

O cultivo de cana-de-açúcar no Brasil estava associado às grandes extensões de terra (latifúndios) e ao emprego de mão de obra escrava (indígena e africana). Com a introdução da cultura do café, os trabalhadores rurais deixaram os engenhos e seguiram para as fazendas cafeeiras.

O Brasil é um dos principais produtores de cana-de-açúcar do mundo.

Atualmente, a produção de cana-de-açúcar está bastante associada a seus subprodutos, como o etanol. O país produz mais da metade de todo o açúcar consumido no mundo todo, sendo também o maior produtor mundial de etanol. Em 2009, o Brasil produziu cerca de 670 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Em 2017, a produção ultrapassou 694 milhões de toneladas. Além do etanol, a cana gera outros subprodutos, como o bagaço, utilizado na produção de energia (biomassa), produtos farmacêuticos, alimentícios e químicos.

No Brasil, localizam-se, aproximadamente, 400 usinas de processamento de cana-de-açúcar, com produção concentrada na região Sudeste do país. Atualmente, o cultivo tem-se expandido para a região Centro-Oeste. A área destinada à monocultura da cana-de-açúcar representa cerca de 3% do total de terras agricultáveis no país.

Exemplos de monocultura

→ Cultivo de cana-de-açúcar

A cana-de-açúcar, um dos principais monocultivos do Brasil, é utilizada para produção de etanol.

→ Cultivo de soja

O Brasil é o segundo maior produtor e o maior exportador de soja do mundo.

→ Cultivo de café

A produção cafeeira no Brasil concentra-se nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo.

→ Cultivo de eucalipto

A produção de eucalipto no Brasil concentra-se nas regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste.

Policultura

A policultura consiste na produção de diferentes espécies em um mesma área, normalmente, reduzida.

Diferentemente da monocultura, a policultura representa o cultivo de diversos produtos em uma mesma área. Normalmente, é uma prática agrícola realizada por pequenos produtores rurais que visam à diversificação de produtos em sua terra. Há, então, o abastecimento apenas das próprias famílias e do mercado interno. A policultura requer menos espaço para produção, além de menor emprego tecnológico e de agrotóxicos. É considerada uma forma sustentável de produção agrícola, pois, se comparada à monocultura, agride bem menos o meio ambiente.