Figuras de Linguagem: um dos temas mais comuns em questões de vestibulares
Você está estudando Gramática para as provas de vestibulares? Vem com a gente, que esse texto vai ajudar a entender um dos temas mais importantes e muito frequente: Figuras de Linguagem. Para começar, o que são Figuras de Linguagem? São mecanismos linguísticos variados, dos mais variados tipos, usados com as mais distintas finalidades, em diversas situações de uso da língua.
“Em sua maioria, as figuras de linguagem estão relacionadas à natureza semântica conotativa, pois, quando as utilizamos, pretendemos, na maioria das vezes, indicar um sentido que vai além do significado original ou denotativo. Sendo assim, em muitos mecanismos linguísticos de figuração, são trabalhados aspectos semânticos variados, em uma demonstração do caráter plurissígnico da linguagem.” explicou Liliane Negrão, professora de Língua Portuguesa do Colégio e Curso Oficina do Estudante.
Existem quatro tipos de Figuras de Linguagem; confira:
– de palavras ou semântica;
– de sintaxe ou construção;
– de pensamento;
– de som ou harmonia.
Figuras de palavras ou de semântica:
– Comparação: relação de igualdade entre dois elementos com a presença de conjunção comparativa
– Metáfora: relação de igualdade entre dois elementos, sem a presença de conjunção comparativa
– Metonímia: substituição de um elemento por outro a ele relacionado.
– Catacrese: metáfora desgastada ou uso de termo que perdeu o seu sentido de origem.
-antonomásia: substituição de um nome próprio (de pessoa ou de lugar) por característica(s) pela(s) qual(is) o lugar ou a pessoa são conhecidos.
– Sinestesia: combinação entre dois ou mais dos cinco sentidos humanos
Figuras de pensamento
– Hipérbole: expressão ou palavra marcada pelo exagero:
– Litotes: construção de afirmação através da negação.
– Eufemismo: utilização de termo ou expressão que suavize a declaração:
– Ironia: forma de expressar o oposto do que se afirma:
– Prosopopeia ou personificação : características de seres vivos a elementos não vivos.
– Antítese: uso de palavras ou expressões opostas; não há produção de incoerência/contradição.
– Paradoxo ou oximoro: produção de ideias que se contrariam, que se contradizem.
– Apóstrofe: interpelação com ênfase
– Gradação: palavras em gradação ascendente ou descendente
Figuras de sintaxe ou construção
– Elipse: palavra ou expressão implícita na estrutura do enunciado
– Zeugma: tipo de elipse em que ocorre a omissão de um termo mencionado anteriormente
– Anáfora: repetição de uma ou mais palavras no início de versos ou orações
– Pleonasmo: repetição intencional para enfatizar uma ideia
– Anacoluto: falta de ligação entre o início de uma frase e a sucessão de ideias
– Silepse ou concordância ideológica: concordância com a ideia e não com a palavra dita ou escrita
– Hipérbato: inversão da ordem direta (sujeito, verbo, complemento ou predicativo) de uma oração:”
– Polissíndeto: repetição de conjunção
Figuras de som ou de harmonia
– Aliteração: repetição de fonemas consonantais
– Assonância: repetição de fonemas vocálicos
– Onomatopeia: palavra cuja pronúncia imita o som produzido por seres, objetos ou elementos da natureza.
– Paronomásia: utilização de termos semelhantes (no aspecto gráfico, sonoro ou ambos), mas com significado distintos.
Como podem cair as Figuras de Linguagem no vestibular?
Normalmente, as figuras de linguagem são cobradas no vestibular através da identificação/reconhecimento desses mecanismos linguísticos. “É comum o enunciado destacar um trecho textual (de um poema, de uma composição musical ou mesmo de uma obra literária) e reivindicar que o aluno assinale a alternativa que contempla a correta identificação das figuras ali presentes”, explicou a professora e acrescentou que é possível também que as figuras de linguagem sejam cobradas de uma maneira em que esses recursos linguísticos sejam importantes mecanismos de compreensão do texto, ou seja, o vestibulando precisa conhecer uma determinada figura de linguagem para compreender por que (e com que finalidade) ela foi utilizada no texto e, sendo assim, para compreender melhor o texto em si.
Dicas da professora
“Não há uma “dica” pura e simples não. Talvez só com relação à comparação e à metáfora, já que as duas são parecidas: tanto uma quanto a outra são estratégias de semelhança, mas o que diferencia as duas é que, no caso da comparação, essa relação de semelhança está explicitada (“Ele é tão forte quanto um trator”), enquanto, na metáfora, a relação de similaridade fica implícita : “Ele é um trator”. No caso das demais figuras, o vestibulando precisa estudá-las, entendê-las e se dedicar à efetivação do entendimento através de exercícios que reivindicam esse tipo de conhecimento linguístico.”
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