Aprovada para Medicina na USP e Unesp, Sofia fala sobre a trajetória e futuro
A campineira Sofia da Silva Santos, aluna do Curso Pré-Vestibular da Oficina do Estudante, conquistou a tão sonhada vaga para Medicina, sendo aprovada nos vestibulares da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual Paulista (Unesp). A jovem não sabe precisar quando nasceu o desejo de ser médica: “penso que sempre tive essa vontade”. Contudo, frisa que, aos 15 anos, começou a se dedicar a essa meta.
Sofia avalia que estava extremamente distante da aprovação, pelo fato de ter feito o Ensino Médio em uma escola pública. Nesse contexto, assegura que “o cursinho foi um divisor de águas na minha vida. Nele, eu aprendi a estudar de verdade”. Não fosse os três anos no Pré-Vestibular da Oficina, garante que iria demorar muito mais para conseguir uma vaga.
Sobre a preparação para os vestibulares e Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), destaca ter sido demasiadamente cansativa no aspecto mental. “Minha maior dificuldade foi manter o foco, visto que estudar em casa o dia inteiro acabou, no meu caso, com a linha tênue entre lazer e labor”, pontua. Por outro lado, se surpreendeu positivamente com o autoconhecimento que adquiriu.
→ Cronograma de Estudos
Sobre o cronograma de estudos, Sofia estabeleceu uma regra: estudar o que aprendia nas aulas, logo depois delas, para não esquecer. Assim sendo, fazia exercícios. A rotina tinha início às 7h, indo até as 19h ou 21h, de segunda a sábado. Aos domingos, descansava. Porém, houve momentos em que julgou necessário abdicar da folga para estudar. Com essa estratégia, dedicou mais tempo às disciplinas de Física e Matemática.
Comenta que o suporte da família foi fundamental no processo: “meu pai me ajudou financeiramente e minha mãe psicologicamente”. “Eles foram meus grandes amigos”, completa. Sofia fez também boas amizades no Pré-Vestibular, com outros vestibulandos e professores. “Ouviram meus desabafos, me incentivaram e socorreram, quando eu não entendi algum exercício ou ponto de alguma matéria”, elogia.
“O sentimento de ser aprovada, infelizmente, é indescritível. Mas, se for pra tentar descrever, é uma explosão de alegria, alívio e satisfação.”
> ATENÇÃO!
Para quem está ingressando ou caminhando na trajetória para a difícil aprovação em Medicina, Sofia entende que a palavra de ordem é “persistência”. Cita a música “Pontes Indestrutíveis”, do Charlie Brown Jr., que diz que “a volta por cima vem da continuação”
“Não adianta alguém ser inteligente, se não for determinado. E determinação, para mim, é continuar insistindo mesmo quando tudo diz que não. Lidar com o vestibular e a pandemia é extremamente difícil, mas não impossível. Existe uma luz no fim do túnel, mas ela só será vista depois de uma boa caminhada”, afirma.
→ E o futuro?
“Depois de formada, eu desejo me tornar neurocirurgiã” revela Sofia. Sincera, acrescenta querer ser também uma neurocientista. E apesar de não lembrar o porquê de querer ser médica, assegura recordar a razão pela qual almeja seguir essas áreas: a aula do professor de Inglês, Márcio Pantoja.
“Um dia, ele deu uma aula que envolvia neurociência e ela foi uma epifania na minha vida. Depois dela, eu especializei meu sonho: decidi que iria me tornar uma neurocirurgiã / neurocientista. Além disso, eu desejo muito contribuir com meu País. Desse modo, além da ciência, quero atuar no Sistema Único de Saúde (SUS)”, encerra.
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