Psicóloga entra em 6 faculdades públicas de medicina
A psicóloga Alice Morellato Haddad, de 26 anos, formou-se na USP em São Paulo, mas largou a carreira depois de atuar na área por cerca de um ano. Entrou na Oficina do Estudante pra tentar medicina. E não só conseguiu entrar na Unicamp, mas em mais outras quatro faculdades públicas: USP, Unesp, Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Farmesp).
Mudança de rota
Alice veio a Campinas fazer mestrado, mas se deu conta de que não era isso o que queria.
Sempre gostou da área de saúde, e, o tempo que passou atuando como psicóloga, dentro de um hospital, a fez perceber que se interessava mais pelo viés do médico do que pelo do psicólogo.
“Tive um pouco de medo de voltar pra graduação, de fazer mais seis anos de faculdade – além disso eu tô mais velha… Mas, percebi que era o certo, e aí fui fazer cursinho”.
DICAS PRA VESTIBULANDOS
“Pra começar, e eu acho que nunca é demais frisar isto: disciplina e rotina. Tanto de não deixar de assistir às aulas, como dormir direito, comer direito e reservar um tempo pra lazer. Assistir a um filme, sair com os amigos, ou qualquer coisa que te tire da cabeça os estudos”, afirma.
“Eu desinstalei algumas coisas do celular que me tiravam o foco, como o Facebook, por exemplo, e me dedicava 100% à tarefa que fazia na hora em que tava estudando. Mas como eu consegui me concentrar? É que eu estava alimentada e descansada. Parece simples, mas na rotina, se você não prestar a atenção, acaba relaxando. Se você desregula a alimentação e o sono, isso atrapalha muito na concentração e na fixação do conteúdo – e eu percebi isso nos dias que não consegui dormir e comer direito”.
Maturidade
Alice conta que hoje tem uma perspectiva muito diferente do que tinha quando entrou pela primeira vez na faculdade: “Eu queria sair de casa, ir pras festas. Hoje, quero estudar. Estou ansiosa pelo começo das aulas, porque o que eu quero é estudar”.
Ambiente propício
A rotina no cursinho era extenuante, mas, Alice conseguia passar cerca de 13 horas no colégio porque gostava da escola: “eu chegava às 7h e saía por volta das 20h. E eu assistia a todas as aulas. Depois, eu estudava o que mais eu precisava, fazia exercícios e as provas dos vestibulares anteriores. No segundo semestre, parei de fazer atividade física porque senti que precisava de um impulso final pra passar. Eu ficava mais tempo na Oficina do que em casa, mas – não só os professores, mas os coordenadores e todos os funcionários -, eles fazem você se sentir em casa. E eu acho isso muito importante”.
Ajuda profissional
Alice não teve receio, nem vergonha de pedir auxílio. “Eu era aquele tipo de aluna que procura o professor fora de sala de aula pra olhar um exercício, pra tirar uma dúvida e até mesmo só pra conversar, quando eu tava muito nervosa. E eles sempre foram muito atenciosos, superdisponíveis, e isso me ajudou muito”.
O apoio psicológico foi fundamental, segundo a caloura. “Conversar me ajudava a ver os meus pontos cegos”.
Volta por cima
O período mais difícil foi o final do ano. “Em novembro teve vestibular todos os finais de semana e em dezembro eu encarei uma semana inteira seguida de prova. Teve um dia que eu cheguei em casa com vontade de chorar de cansaço. Não sabia se eu queria comer ou dormir. E qual foi a minha solução? Botar o pé no freio naquele momento. Foi pensar: eu estudei e agora preciso respirar. Às vezes, quando você tá muito saturada, tem que descansar e se manter motivada pra não acabar jogando tudo pro alto”.
ALINHADA
O diretor pedagógico do curso pré-vestibular da Oficina, Marelo Pavani – que tem décadas de experiência em vestibulares –, pontua que Alice é uma aluna alinhada com os princípios do colégio. “Dedicação, compromisso, busca incessante pela excelência, disciplina, motivação, foco são características que tentamos incutir nos nossos estudantes porque são aspectos que fazem a diferença não só no vestibular, como na vida – incluindo o mercado de trabalho, onde são selecionados os melhores profissionais”.
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