Impactos da inteligência artificial no ambiente escolar

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Impactos da inteligência artificial no ambiente escolar

A utilização da inteligência artificial tem lados negativo e positivo. É essencial, tanto para o corpo docente quanto para o aluno, saber diferenciá-los para usá-la da melhor forma

Informação, pensamento crítico e ética: três pilares fundamentais para considerar quando utilizar o ChatGPT, principalmente, no ambiente escolar. “Administrar o uso da inteligência artificial (IA) e orientar os estudantes sobre a oportunidade de ter em mãos uma inovação tecnológica é uma parte importante do trabalho da equipe pedagógica”, explicou Andressa Antonelli, orientadora do 1ª e 2ª séries do Ensino Médio da Unidade Brasil do Colégio Oficina do Estudante. Ela ainda disse que é a ferramenta deve ser aproveitada no processo de ensino e aprendizagem e, também, na busca para desenvolver os três pilares citados anteriormente.

Segundo a orientadora, atuar com o público jovem demanda estar sempre atualizado sobre as mudanças e novidades tecnológicas. “Pesquisar sobre e se munir de conhecimento, é essencial para que possa haver orientação adequada aos estudantes, principalmente, no momento de troca entre os jovens e o professor dentro da sala de aula.”

Como saber se a IA foi usada?

Um dos professores de Redação do Colégio percebeu o uso indevido do ChatGPT em textos. “Por mais que o aluno acredite que não será descoberto, fica bem claro que a ferramenta foi utilizada”, disse Andressa. De quebra, ela listou uma série de motivos para comprovar o uso da inteligência artificial:

    – Textos com informações colaterais / desnecessárias (considerando o tema tratado pelo aluno);
    – Falta de identidade na escrita;
    – Opiniões sem aprofundamento;
    – Alteração na linguagem diferente do usual.

“Dois dos principais problemas do ChatGPT são: a ampliação das informações e a entrega das ideias e conceitos que estão, muitas vezes, além do que um estudante da educação básica precisa, e, também, a síntese de informações variadas sobre determinado assunto, já que oferece uma resposta pronta; que podem vir pouco direcionadas e com muito mais detalhes que o aluno precisaria para o momento”, exemplificou Célio Tasinafo, diretor pedagógico da unidade Taquaral do Colégio Oficina do Estudante.

Cyberbullying

De acordo com a orientadora, o cyberbullying e o uso da internet, no geral, são temas sempre muito dialogados com os alunos, devido, sobretudo, pela atuação direta com uma geração de nativos digitais. E que não há como considerar o dia a dia sem o contato e acesso ao mundo de informações que eles dispõe na palma de suas mãos por meio de smartphones, tablets e computadores.

“Saber como usar corretamente todos estes recursos tecnológicos é a chave para que não façam uso indevido e maldoso e o nosso papel é orientá-los sobre os riscos legais que isto implica. Esta é parte fundamental do papel de nós, educadores. Propagar imagens sem consentimento, fazer comentários preconceituosos/desrespeitosos ou difamar alguém na internet, pode acarretar em complicações não somente aos autores, mas às famílias daqueles que são menores.”

A IA também tem seu lado bom

A orientadora explica que o corpo docente enfatiza o uso produtivo da ferramenta para os estudantes. Já que este recurso pode ser utilizado para desenvolver o pensamento crítico, assim como trabalhar o tema da ética digital com objetivos de:

    – Testar seus próprios conhecimentos;
    – Economizar tempo com tarefas mecânicas/repetitivas;
    – Ensinar a melhor forma de elaborar perguntas;
    – Trazer um ponto de partida para uma argumentação ou discussão.

“Por esses motivos, a IA pode agregar muito no sentido de reflexão diante da quantidade de informações de fácil acesso e da fidedignidade das fontes que foram usadas.”

Andressa Antonelli, orientadora do 1ª e 2ª séries do Ensino Médio da Unidade Brasil do Colégio Oficina do Estudante

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