Fuvest 2019: Prova aborda meninos tailandeses presos em caverna e tsunami na Indonésia

Fuvest 2019: Prova aborda meninos tailandeses presos em caverna e tsunami na Indonésia

Por Glauco Araújo, G1 SP — São Paulo

07/01/2019

A prova do segundo dia da 2ª fase da Fuvest, realizada nesta segunda-feira (7), abordou a história dos meninos tailandeses que ficaram presos na caverna Tham Luang em junho no ano passado. Outro tema atual foi o tsunami que atingiu a ilha de Sulawesi, na Indonésia, em setembro de 2018.

O caderno de provas também remeteu à propaganda política durante a Era Vargas (19301945) e pedia que os candidatos identificasse os movimentos políticos representados nas propagandas e apresentasse traços convergentes e divergentes dos projetos políticos.mas destes projetos político

A segunda fase do vestibular Fuvest 2019 terminou com 8,1% de abstenção entre os candidatos. Dos 35.371 estudantes classificados para a segunda fase do vestibular da USP, 2.863 não fizeram a prova desta segunda-feira (7), que teve 12 questões de duas, três ou quatro disciplinas de acordo com a carreira escolhida.

A questão sobre o caso dos meninos tailandeses pedia que o candidato falasse qual a rocha mais comum na formação de cavernas, como ocorre a formação das cavernas e sobre o clima de monções, típico da região.

Sobre o tsunami, o candidato precisou falar sobre as probabilidades de maior frequência de ondas ocorrerem no oceano mais profundo ou nas águas mais rasas e qual o processo gerador de tsunamis.

Os estudantes fizeram, neste domingo (6), a prova de português com 10 perguntas dissertativas e uma redação.

Questão da Fuvest 2019 aborda propaganda política durante a Era Vargas (1930194) — Foto: Reprodução/Fuvest 2019 Questão da Fuvest 2019 aborda propaganda política durante a Era Vargas (1930194) — Foto: Reprodução/Fuvest 2019

Questão da Fuvest 2019 aborda propaganda política durante a Era Vargas (1930194) — Foto: Reprodução/Fuvest 2019

O primeiro deles é sobre a quantidade de respostas que o candidato precisou ficar atento, diferente de anos anteriores. “Cada questão tinha três alternativas para serem respondidas. No geral, em anos anteriores o candidato precisava responder 12 questões com dois itens cada, ou seja, 24 respostas. Com essa mudança, o candidato precisou responder 36 itens. Isso significa que ele precisou se adequar rapidamente a este cenário para dar tempo de responder tudo. O candidato teve que ser objetivo e criterioso para identificar as questões mais fáceis e administrar bem o tempo.”

Outro ponto destacado por ele foi para uma prova clássica e que selecionou os alunos bem preparados. “O candidato precisava ter bom domínio da metodologia de resolução de questões dissertativas e um bom domínio de conteúdo. Comparada com a prova de ontem, de Língua Portuguesa, foi uma prova muito mais técnica e com questões menos contextualizadas. Isso não significa que foi uma prova mal elaborada, apenas mais técnica e estratégica.”

O terceiro ponto foi o número menor de dias para a prova. “A partir deste ano, o candidato teve um dia a menos na segunda fase, então conseguiu se preparar com foco em disciplinas obrigatórias e específicas. Por outro lado, essa novidade no número de itens a serem respondidos também tornou a prova de hoje mais trabalhosa.”

Por fim, ele cita a atualidade das questões. “Geografia teve destaque por conta de sua contemporaneidade e criatividade. As questões dialogaram bem com assuntos atuais, por exemplo, a questão sobre os meninos da Tailândia, que abordou geologia e a formação de cavernas.”

O diretor pedagógico da Oficina do Estudante, Célio Tasinafo, disse que a prova foi difícil e trabalhosa. “Houve cobrança de alguns assuntos pouco usuais em algumas disciplinas, como história.”

Segundo ele, “independente de quais disciplinas e questões o candidato teve de fazer, acreditamos que poucos saíram com a sensação de que foi uma prova tranquila. O que todos devem lembrar antes de se desesperar e considerar a batalha Fuvest 2019 perdida é que serão aprovados os candidatos com maiores notas, mesmo que tais notas não possam ser consideradas altas em termos absolutos.”

Tasinafo disse que “chama atenção é a resistência das várias bancas da Fuvest em contextualizar os temas/conceitos/conteúdos cobrados. Em sentido oposto às BNCC’s, as questões de química, física, biologia e matemática não estabeleceram qualquer vínculo significativo importante com a realidade mais concreta dos estudantes. Foge a esse padrão a prova de geografia, a mais atual e contextualizada de todas, por exemplo, menciono a questão número 1.”

O diretor disse que “a prova de história, surpreendeu pela cobrança do massacre Tlatelolco no México em 1968 e da política da Etiópia durante o governo do ditador Selassie. Nos dois casos, o candidato até poderia chegar à resposta a partir de seu repertório geral sobre o período e os dois países.”

 

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