Curso de História da Arte leva alunos da Oficina a São Paulo
Curso de História da Arte leva alunos da Oficina a São Paulo
Alunos da Oficina do Estudante, de Campinas, passaram o domingo (14) em São Paulo para a primeira aula do curso de história da arte, que está sendo promovido pela escola.
Intuito
O curso visa à expansão do senso crítico dos alunos, o fomento do repertório dos estudantes, e cobrir a demanda do Enem e dos atuais vestibulares nesse aspecto.
Isto pois, cada vez mais, essas provas demandam interdisciplinaridade, com questões que relacionam arte à história, à literatura e até mesmo ao inglês.
Visita a São Paulo
Durante a primeira imersão, houve caminhada educacional pela Avenida Paulista, visita à Casa das Rosas, às exposições do Sesc Paulista, ao espaço Itaú Cultural e ao Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp).
Na Casa das Rosas – projetada por Ramos de Azevedo (1851 – 1928) -, os alunos visitaram a exposição sobre Haroldo de Campos – um dos três fundadores do concretismo no Brasil.
Já no Sesc, concentraram-se na mostra Time Kills, com filmes da Julia Stoschen Collection, de Berlim, que ocupa o 5º e o 6º andares do prédio.
Refletiram sobre o tempo em uma sociedade hiperconectada, em que todos estão virtualmente conectados o tempo todo.
No Itaú Cultural, observaram de perto documentos históricos do Brasil, que haviam estudado nas aulas de História.
“Viram muita coisa sobre as quais ouviram falar em classe. E essa é uma das coisas legais nessas visitas que a gente promove: ter contato com o material, que é uma ótima oportunidade para complementar aquilo que é visto em slides, na sala de aula”, afirma o professor Marcelo Pavani, coordenador do Curso Pré-Vestibular da Oficina.
Por fim, no Masp, puderam visitar “Tarsila Popular” – a primeira exposição desse porte, sobre a artista, no Brasil.
“É uma reflexão importante sobre Modernismo – porque Tarsila é um dos expoentes do movimento e da Semana de 22 – e também sobre a condição da mulher, uma das temáticas mais importantes da atualidade”, acrescenta o docente.
Além disso, na exposição do acervo permanente, puderam ver uma série de outras obras de artistas brasileiros (como Portinari, Di Cavalcanti e Victor Meirelles).
Postas em diálogo com a exposição de Tarsila, ensejaram uma reflexão sobre como o a identidade nacional do Brasil foi construída, ao longo do tempo, através da pintura.
Vestibular
A discussão de obras de arte tem aparecido cada vez mais frequentemente nos principais exames vestibulares no Brasil.
Exercitar, com os alunos, o olhar sensibilizado para a arte e construir, a partir dela, um repertório de referências críticas é fundamental para um bom desempenho nos exames.
“Fez parte da coletânea da redação da Fuvest, no ano passado, uma obra em exposição no Masp. Não se espera que o aluno conheça Arte enciclopedicamente, mas que tenha condição de abordá-la em um contexto, articulando a obra com o repertório que o aluno formou ao longo do tempo e as demais ideias trazidas pela coletânea. É essa a habilidade que procuramos desenvolver nos nossos cursos e aulas.”, declara Pavani.
Como funciona o curso de História da Arte
O curso de História da Arte é dado em quatro aulas expositivas e em duas imersões em campo – chamadas visitas culturais a São Paulo.
É ministrado pela equipe de professores da Paleta Cultural – Maurício Soares Filho, Raphael Tim e Renan Simões.
É realizado em módulos, podendo o interessado aderir a uma ou mais aulas.
Após a primeira aula, em São Paulo, continua nas salas da Oficina do Estudante.
Interessados – inclusive de fora da escola – devem se inscrever na coordenação do cursinho da Oficina.
Nos quatro encontros presenciais em Campinas, serão abordados períodos da História da Arte, artistas de diferentes épocas e princípios que influenciaram a produção artística mundial e nacional.
“Já nas visitas a São Paulo não é pra ver tudo. Porque museu não é um lugar que você visita. Você frequenta. Você estabelece um diálogo com as obras, e tenta encontrar naquele acervo as que falam alguma coisa a você. É um exercício de visitação e revisitação. E para que isso seja efetivo, o aluno precisa ver o museu não como um lugar em que ele vá buscar apenas interpretações canônicas”, diz o professor.
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