Quem nunca se engana?
A ciência refuta e valida argumentos conforme novas evidências são encontradas. No ensino fundamental, é frequente a discussão sobre a Teoria da Geração Espontânea. Antes de aparecer a explicação a partir de células e germes, a hipótese da Geração, criada desde a Grécia Antiga com Aristóteles, quando não havia microscópios, surgiu para tratar o início da vida complexa no planeta.
Debate de deias
A proposta defendia que os seres tomaram forma a partir da matéria inanimada. Os ratos eram originados de dejetos e as larvas de alimentos apodrecidos.
Os adeptos levantavam trechos da Bíblia para reforçar a tese. Ou seja, Deus criou o homem do pó.
Em 610 antes de Cristo, o pré-socrático Anaximandro sustentou que os humanos se desenvolveram a partir de peixes. Para ele, inúmeras espécies teriam sido produzidas da água aquecida e da terra. Os seres humanos cresceriam alocados nessa fauna marinha, e os embriões ficariam alojados até a puberdade.
Até o século 19, a afirmação era aceita pela comunidade de pensadores. Não era incomum encontrar livros com dicas de como criar animais.
Resolver quebra-cabeças
O biólogo italiano Francesco Redi foi um dos responsáveis pelo movimento de ceticismo quanto à antiga crença. Por meio de um experimento, o pesquisador inseriu proteína animal em recipientes de vidros, alguns parcialmente abertos e outros fechados. Os que estavam lacrados com gaze ficaram com moscas na superfície, e não havia a presença de larvas no interior. Não existia nada além de carne com odor.
Para pôr fim de vez a qualquer credibilidade que a suposição tinha, o químico Louis Pasteur, em uma premiação da Academia Francesa de Ciência, apresentou uma série de evidências da contradição.
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