Katharina Agostinho Dias, do 8º A, da Unidade Taquaral, entrevista judoca Ketleyn Quadros

Katharina Agostinho Dias, do 8º A, da Unidade Taquaral, entrevista judoca Ketleyn Quadros

Por Katharina Agostinho Dias
Foto: Kim Kyung-Hoon /Reuters

Para a 2ª edição do Oficina News, projeto dos alunos do Ensino Fundamental II, do Colégio Oficina do Estudante, que carrega o bordão: “um jornal dos alunos para os alunos da Oficina do Estudante, que circulará em agosto (mas, o Blog Oficina já antecipa essa entrevista pra você), CONVERSAMOS EM JUNHO, por meios digitais (porque a atleta se encontrava em Budapeste para o Campeonato Mundial), com a judoca Ketleyn Quadros.

Ketleyn foi a primeira mulher brasileira medalhista olímpica em esporte individual, com o bronze nos Jogos de Pequim-2008. Essa medalha foi o impulso que o judô feminino precisava. Após 13 anos, ela retorna à seleção olímpica de judô!

Nesta sexta-feira (23), ela será, na condição de porta-bandeira, uma das três pessoas que irão representar o Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Ketleyn estará acompanhada do levantador de vôlei Bruninho, que jogou as últimas três finais olímpicas e foi ouro no Rio. Além deles, desfila o chefe de missão, um protocolo do COI.

Veja o que ela nos contou:

→Entrevista realizada em junho

→Como você se sentiria ao participar dos Jogos Olímpicos no país onde foi criado o esporte ao qual se dedica e representa sua nação?

Ketleyn Quadros: Me sentiria o MÁXIMO, em ter a oportunidade de lutar os Jogos Olímpicos de Tokyo, onde a modalidade foi criada. Isso é INCRÍVEL. Acredito que é o sonho de qualquer judoca. Sem dúvidas, a realização de um sonho lindo.

→Para um atleta, cada título tem uma emoção. E no caso de uma medalha olímpica, como descrever o sentimentos de ser a 1ª judoca mulher a conquistar uma medalha olímpica?

Ketleyn Quadros: É um sentimento de muita gratidão. O processo para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos é feito de muitas escolhas, e na grande maioria, requer abrir mão de algo. É muita dedicação, esforço, aprendizado e muitos obstáculos. E, claro que não conseguimos isso sozinhos. No meu caso, tive o apoio incondicional da minha família, professores, amigos e vizinhos. E quando subi no pódio olímpico, a sensação foi exatamente como um filme na minha cabeça, de tudo que passamos juntos, superação, abrir mão do convívio familiar para viver o nosso sonho, entender que todos os erros que tive foram importantes para acertar naquele dia VALEU A PENA. Me senti privilegiada, muito amada e extremamente abençoada.

→Quanto às regras sanitárias e aos protocolos para esse megaevento, em meio a pandemia da Covid-19, qual é a sua perspectiva em relação à segurança dos atletas, em relação ao judô, por ser um esporte de contato?

Ketleyn Quadros: Acredito que será uma olimpíada muito restrita, como vem sendo nessas competições. Protocolo rígidos e sem público.

→E, sobre a ausência de público durante os jogos, a falta da vibração das pessoas na arquibancada, qual sua expectativa em relação a ausência desse “calor humano”?

Ketleyn Quadros: Realmente faz muita falta ter uma torcida calorosa ao nosso lado, pessoas que te ajudaram a chegar naquele lugar. Porém, o momento que vivemos não nos permite essa realidade e procuro entender e saber que é o melhor agora. A energia, continuamos sentindo, mesmo à distância.

→O que você pode dizer aos adolescentes, tirando como base os conceitos e ensinamentos do judô aplicado aos estudos?

Ketleyn Quadros: Continuem firmes e fortes, mesmo diante do cansaço e obstáculos. Muitas vezes, fazemos o que não temos afinidade para nos aprimorar para o que queremos. Segue o plano!!! E claro, procurar se divertir também na medida do possível. Que a retribuição de um sonho realizado é maior do que imaginamos.

Compartilhe esse Post

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *