Morte de King faz 50 anos, mas tema é atual e cai no vestibular
Há exatamente 50 anos, Martin Luther King (1929-1968) era assinado. O pastor combateu o racismo e se tornou um dos principais ativistas pelos direitos civis da História. Entre seus principais feitos, conseguiu que a Suprema Corte americana tornasse inconstitucional todas as leis de segregação no país. Essa mudança foi em 1964 – mesmo ano em ele que ganhou o Nobel da Paz.
Meio século depois, “o legado de King permanece atual e é conteúdo frequente nos vestibulares”, afirma o professor de História, Felipe da Costa Mello, docente da Oficina do Estudante.
Cai sempre nos vestibulares
“King se relaciona com todo o contexto mundial de políticas segregatórias vigentes, como as de Trump e as de grupos de supremacistas brancos. É A PROVA DE QUE A HISTÓRIA NÃO É LINEAR NEM EVOLUTIVA. MOSTRA QUE A LUTA PELOS DIREITOS CIVIS É CONTÍNUA, E QUE O RACISMO NÃO ACABOU; SÓ É APRESENTADO EM OUTRO CONTEXTO“, acrescenta o professor.
Antes do ativismo liderado pelo pastor, os negros americanos tinham bebedouros e banheiros próprios, separados dos brancos. Não podiam também frequentar bibliotecas, lanchonetes e parques públicos.
Como King lutava pelos direitos civis
King era formado em teologia pela Morehouse College e doutor em filosofia pela Universidade de Boston, e pastoreava uma igreja na cidade de Montgomery, no Estado do Alabama – epicentro de conflitos raciais nos Estados Unidos.
Começou a combater a segregação racial depois que Rosa Parks foi presa. A costureira estava sentada em um ônibus e foi para cadeira por ter se recusado a ceder o assento para um branco.
O movimento liderado por King uniu os negros, que não usaram ônibus por 382 dias e forçaram a mudança na lei. Usava o método de desobediência civil – que também foi praticado por Mahatma Gandhi (1869 – 1948), e que culminou na independência da Índia.
Em 1963, foi King quem liderou a célebre Marcha sobre Washington e proferiu o discurso “I Have a Dream” (Eu tenho um sonho), em que anseia uma igualitária entre negros e brancos.
Morreu a tiros na sacada de um hotel em Memphis, no Estado do Tennessee, onde apoiava uma greve de lixeiros.
Morto, foi homenageado com a Medalha Presidencial da Liberdade e com a Medalha de Ouro do Congresso Americano.
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