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Gramaticando

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Regência do verbo “permitir”

08 de Setembro de 2021

Por Luana Castro - graduada em Letras
Brasil Escola / UOL 

Observe a seguinte frase:

A comunicação é uma característica inerente a todos os seres, permitindo-os viver em sociedade.

À primeira vista, não há nada de errado com a frase, mas se você é um leitor atento e estudioso da língua portuguesa, possivelmente percebeu que nela existe um desvio linguístico relacionado com a regência verbal. Esse tipo de deslize é muito comum na modalidade escrita e na modalidade oral (sem prejuízos para comunicação nessa última), haja vista que a regência é um capítulo, digamos, um pouco complicado da nossa gramática.

Para seguirmos adiante com nossa explicação, vamos à correção da frase:

A comunicação é uma característica inerente a todos os seres, o que lhes permite viver em sociedade.

Se você não observou o erro antes, certamente o fez agora. A dificuldade gira em torno da regência do verbo “permitir”. Na primeira frase (aquela que apresenta o desvio), o pronome oblíquo átono 'os' substituiu o também pronome oblíquo 'lhes', ocasionando um sério erro de regência. Analisemos a frase:

A comunicação permite algo ou alguma coisa a alguém. No caso, a comunicação permitirá alguma coisa, ou seja, os seres humanos viverem em sociedade. Portanto, o verbo permitir é transitivo indireto, exigindo, dessa forma, um objeto indireto. Para os verbos transitivos indiretos, devemos empregar o pronome oblíquo átono 'lhe' (que atua como objeto indireto) e deixar o pronome oblíquo átono 'o' apenas para os verbos que exigem um objeto direto. Veja os exemplos:

Os alunos terão aulas sobre educação no trânsito, o que lhes permitirá um melhor comportamento ao volante.

Suas crônicas estão entre as mais conhecidas pelos leitores. Luis Fernando Veríssimo as escreve com humor e inteligência.

Devemos ouvir nossos pais, devendo-lhes obediência e respeito.

Amo meus filhos. Amo-os com ternura.

Sintetizando:

Os verbos transitivos indiretos recebem complementos, os chamados objetos indiretos. Eles exigirão uma preposição, que será responsável pela regência verbal. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de terceira pessoa 'lhe' e 'lhes' podem atuar como objetos indiretos, substituindo pessoas. Exemplo: O professor permitiu a saída do aluno / O professor lhe permitiu a saída.


Por Luana Castro - graduada em Letras
Brasil Escola / UOL 

Observe a seguinte frase:

A comunicação é uma característica inerente a todos os seres, permitindo-os viver em sociedade.

À primeira vista, não há nada de errado com a frase, mas se você é um leitor atento e estudioso da língua portuguesa, possivelmente percebeu que nela existe um desvio linguístico relacionado com a regência verbal. Esse tipo de deslize é muito comum na modalidade escrita e na modalidade oral (sem prejuízos para comunicação nessa última), haja vista que a regência é um capítulo, digamos, um pouco complicado da nossa gramática.

Para seguirmos adiante com nossa explicação, vamos à correção da frase:

A comunicação é uma característica inerente a todos os seres, o que lhes permite viver em sociedade.

Se você não observou o erro antes, certamente o fez agora. A dificuldade gira em torno da regência do verbo “permitir”. Na primeira frase (aquela que apresenta o desvio), o pronome oblíquo átono 'os' substituiu o também pronome oblíquo 'lhes', ocasionando um sério erro de regência. Analisemos a frase:

A comunicação permite algo ou alguma coisa a alguém. No caso, a comunicação permitirá alguma coisa, ou seja, os seres humanos viverem em sociedade. Portanto, o verbo permitir é transitivo indireto, exigindo, dessa forma, um objeto indireto. Para os verbos transitivos indiretos, devemos empregar o pronome oblíquo átono 'lhe' (que atua como objeto indireto) e deixar o pronome oblíquo átono 'o' apenas para os verbos que exigem um objeto direto. Veja os exemplos:

Os alunos terão aulas sobre educação no trânsito, o que lhes permitirá um melhor comportamento ao volante.

Suas crônicas estão entre as mais conhecidas pelos leitores. Luis Fernando Veríssimo as escreve com humor e inteligência.

Devemos ouvir nossos pais, devendo-lhes obediência e respeito.

Amo meus filhos. Amo-os com ternura.

Sintetizando:

Os verbos transitivos indiretos recebem complementos, os chamados objetos indiretos. Eles exigirão uma preposição, que será responsável pela regência verbal. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de terceira pessoa 'lhe' e 'lhes' podem atuar como objetos indiretos, substituindo pessoas. Exemplo: O professor permitiu a saída do aluno / O professor lhe permitiu a saída.