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Tira Dúvidas

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O que é a doutrina americana do Destino Manifesto? 

18 de Junho de 2019

Por Rainer Gonçalves Sousa/ Mundo Educação 
Imagem: Shutterstock

Após conquistar a sua independência, os Estados Unidos vivenciou os desafios vividos pela autonomia através de um grande processo de expansão territorial. Já em 1803, o governo dos EUA duplicou suas dimensões territoriais ao adquirir as terras da Louisiana, que pertenciam à França.

Décadas mais tarde, em 1846, o Óregon é negociado junto aos ingleses. Logo em seguida, um conflito contra o México garantiu mais terras ao sul.

Analisando superficialmente, podemos dizer que esse rápido crescimento se dava conforme os interesses pela expansão econômica do país se avolumavam. Não por acaso, toda essa euforia foi responsável pela atração de um grande número de imigrantes provenientes da França, Grã-Bretanha, Escandinávia, Países Baixos e de outras regiões do leste Europeu.

Em geral, essas famílias chegavam até aqui com a expectativa de conseguirem um lote de terras ou atuarem como operários nas indústrias.

Extrapolando as razões de natureza econômica, podemos observar que a expansão norte-americana também foi justificada pelos valores disseminados pela doutrina do Destino Manifesto.

Segundo tal ideologia, os estadunidenses comporiam um grupo de pessoas eleitas por Deus para promoverem o desenvolvimento e a formação da mais importante nação de todos os tempos.

Comparativamente, podemos ver que o Destino Manifesto oferecia sentimentos de ambição e autoconfiança,bastante semelhantes aos que os ideólogos do neocolonialismo, nessa mesma época, empregavam para explicar a dominação de regiões na África e na Ásia.

No campo das artes, podemos ver que muitos pintores e poetas norte-americanos elaboravam paisagens naturais grandiosas, em que o homem estadunidense se lançava ao desafio da conquista.

Historicamente, o Destino Manifesto acabou por justificar a tomada dos territórios mexicanos e o processo de perseguição e extermínio de várias comunidades indígenas.

Externamente, esse mesmo sentimento de ganho e liderança também foi um dos sustentáculos que explicavam a intervenção política e militar dos Estados Unidos em outras nações do continente americano.

Por fim, observamos que essa doutrina não se encaixava somente com os interesses econômicos da nação norte-americana.

Sendo colonizada originalmente por cristãos puritanos, a nação americana tinha nessa doutrina, uma renovação de narrativas bíblicas em que um “povo eleito” saía em busca de sua “terra prometida”. De tal forma, vemos que a expansão das fronteiras acabava materializando um universo de valores culturalmente desenvolvidos ao longo do tempo.
 


Por Rainer Gonçalves Sousa/ Mundo Educação 
Imagem: Shutterstock

Após conquistar a sua independência, os Estados Unidos vivenciou os desafios vividos pela autonomia através de um grande processo de expansão territorial. Já em 1803, o governo dos EUA duplicou suas dimensões territoriais ao adquirir as terras da Louisiana, que pertenciam à França.

Décadas mais tarde, em 1846, o Óregon é negociado junto aos ingleses. Logo em seguida, um conflito contra o México garantiu mais terras ao sul.

Analisando superficialmente, podemos dizer que esse rápido crescimento se dava conforme os interesses pela expansão econômica do país se avolumavam. Não por acaso, toda essa euforia foi responsável pela atração de um grande número de imigrantes provenientes da França, Grã-Bretanha, Escandinávia, Países Baixos e de outras regiões do leste Europeu.

Em geral, essas famílias chegavam até aqui com a expectativa de conseguirem um lote de terras ou atuarem como operários nas indústrias.

Extrapolando as razões de natureza econômica, podemos observar que a expansão norte-americana também foi justificada pelos valores disseminados pela doutrina do Destino Manifesto.

Segundo tal ideologia, os estadunidenses comporiam um grupo de pessoas eleitas por Deus para promoverem o desenvolvimento e a formação da mais importante nação de todos os tempos.

Comparativamente, podemos ver que o Destino Manifesto oferecia sentimentos de ambição e autoconfiança,bastante semelhantes aos que os ideólogos do neocolonialismo, nessa mesma época, empregavam para explicar a dominação de regiões na África e na Ásia.

No campo das artes, podemos ver que muitos pintores e poetas norte-americanos elaboravam paisagens naturais grandiosas, em que o homem estadunidense se lançava ao desafio da conquista.

Historicamente, o Destino Manifesto acabou por justificar a tomada dos territórios mexicanos e o processo de perseguição e extermínio de várias comunidades indígenas.

Externamente, esse mesmo sentimento de ganho e liderança também foi um dos sustentáculos que explicavam a intervenção política e militar dos Estados Unidos em outras nações do continente americano.

Por fim, observamos que essa doutrina não se encaixava somente com os interesses econômicos da nação norte-americana.

Sendo colonizada originalmente por cristãos puritanos, a nação americana tinha nessa doutrina, uma renovação de narrativas bíblicas em que um “povo eleito” saía em busca de sua “terra prometida”. De tal forma, vemos que a expansão das fronteiras acabava materializando um universo de valores culturalmente desenvolvidos ao longo do tempo.