Vitamina D: para que serve e como obtê-la?

Vitamina D

Vitamina D: para que serve e como obtê-la?

Vitamina D: pra que serve e como é possível obtê-la

Por Vanessa Sardinha dos Santos
Mundo Educação/ UOL

Vitamina D é um termo usado para definir um grupo de moléculas formadas por quatro anéis, derivados do colesterol, com diferentes cadeias laterais.

Ela pode ser encontrada sob duas formas:
– ergocalciferol (vitamina D2) e
– colecalciferol (vitamina D3).

A seguir conheceremos mais sobre:
– suas funções no organismo e
– os problemas desencadeados por sua deficiência.

A vitamina D, apesar de ser encontrada nos alimentos, é conseguida pelo nosso organismo, principalmente, por meio de sua síntese na pele.

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Formas

Pode ser encontrada em duas formas, as quais se diferenciam pela sua origem e estrutura.

Vitamina D2 ou ergocalciferol

Proveniente de plantas e fungos, é sintetizada por meio da ação da radiação ultravioleta do sol sobre o esteroide chamado ergosterol.

É produzida comercialmente irradiando o ergosterol presente em cogumelos.

Características marcantes na sua estrutura é o fato de que ela apresenta uma dupla ligação entre os carbonos 22 e 23 e a presença de um grupo metil no carbono 24.

Vitamina D3 ou colecalciferol

É sintetizada pela ação dos raios ultravioletas do sol que convertem o 7-deidrocolesterol em pré-vitamina D3 e depois em colecalciferol.

É produzida por animais, incluindo o ser humano, sendo sintetizada na pele.

No que diz respeito a sua estrutura, destaca-se por apresentar uma ligação simples entre os carbonos 22 e 23 e não apresentar grupo metil no seu carbono 24, característica esta observada na vitamina D2.

Tanto o colecalciferol quanto o ergocalciferol são transportados, por meio da proteína ligadora da vitamina D, até o fígado.

Nesse órgão sofrem modificações e formam o calcidiol, a forma de depósito da vitamina.

Posteriormente o calcidiol segue para os rins, nos quais forma o calcitriol, que é a forma metabolicamente ativa da vitamina D.

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Funções

A vitamina D apresenta um papel fundamental na homeostasia do cálcio e no metabolismo ósseo, garantindo a formação de ossos saudáveis.

Essa vitamina atua em várias partes do organismo, como:
– no intestino delgado, aumentando a absorção de cálcio e fósforo;
– nos rins, nos quais garante um aumento na reabsorção renal do cálcio; e
– nos ossos, em que atua garantindo a mineralização óssea e a multiplicação e diferenciação dos condrócitos (células do tecido cartilaginoso).

Principais fontes

A vitamina D pode ser obtida na alimentação e por meio da síntese cutânea.

A vitamina D pode ser obtida pelo organismo de duas formas:
– alimentação e
– síntese cutânea.

Apesar do que muitos pensam, a alimentação contribui pouco para nossa obtenção dessa vitamina, cerca de 90% dela são provenientes da síntese cutânea.

Não obstante, a alimentação é especialmente importante para habitantes de regiões de clima temperado, idosos e pessoas institucionalizadas.

Dentre os alimentos ricos em vitamina D, podemos citar salmão, óleo de fígado de bacalhau, sardinha, atum e fígado de boi.

No que diz respeito à síntese cutânea, é necessário frisar que é fundamental a exposição ao sol, entretanto, vários fatores impedem que essa síntese ocorra de maneira adequada.

Entre os fatores que reduzem-na estão:
– uso de roupas que cobrem grande parte do corpo
– uso de protetores solares
– pouca exposição ao sol e
– poluição atmosférica

Vale destacar ainda que o tempo de exposição adequado e o quanto do corpo deve estar exposto no momento são questões difíceis de serem definidas.

Deficiência

A deficiência ou insuficiência de vitamina D é um distúrbio muito comum que afeta cerca de 1 bilhão de pessoas em todo mundo.

A depender da população que está sendo analisada, a hipovitaminose D pode acometer mais de 90% dos indivíduos.

Em crianças, a falta de vitamina D é responsável por desencadear uma mineralização óssea inadequada, o que desenvolve o raquitismo.

Essas crianças apresentam seu crescimento ósseo afetado por retardo no desenvolvimento e deformidades no esqueleto, como membros curvados.

Nos adultos, a falta de vitamina D também leva a um defeito na mineralização óssea chamado osteomalácia.

É importante destacar que alguns estudos relacionam a deficiência de vitamina D com doenças, como: – esclerose múltipla
– lúpus eritematoso sistêmico
– artrite reumatoide
– diabetes mellitus tipo 1
– alergia alimentar
– depressão e
– vários tipos de câncer.

Avaliação dos níveis

Avalia-se o estado nutricional do indivíduo pela dosagem de calcidiol, que é a forma de depósito dessa vitamina.

A forma metabolicamente ativa (calcitriol) não pode ser usada para tal fim.

Devido a vários fatores, como meia vida curta, tal forma circula em pequena quantidade e pode apresentar níveis elevados mesmo em caso de hipovitaminose.

É importante dizer que não existe um consenso sobre a suficiência e deficiência de vitamina D.

De acordo com o Departamento de Metabolismo Ósseo e Mineral da SBEM, o desejável para a população geral saudável é que o valor seja maior do que 20 ng/mL.

Ainda de acordo com o Departamento, o valor entre “30 e 60 ng/mL é o recomendado para grupos de risco, como:
– idosos
– gestantes
– pacientes com osteomalácia
– raquitismos
– osteoporose
– hiperparatireoidismo secundário
– doenças inflamatórias
– doenças autoimunes
– doença renal crônica
– pré-bariátricos.

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