Repetir de ano: como evitar e o que fazer nesses casos
Repetir de ano: como evitar e o que fazer nesses casos
Por Edvaldo Pereira Lopes
Coordenador Pedagógico Oficina do Estudante
Nesta época do ano é comum as famílias, os alunos e os professores estarem sob pressão e preocupados com o fechamento do ano letivo e com o risco de retenção.
Muitas escolas têm a progressão continuada, ou seja, sem o risco da repetência.
Mas, a maioria das escolas particulares permanecem com a possibilidade de retenção quando o aluno não atinge as notas mínimas necessárias para o prosseguimento no ano seguinte.
Todas as escolas tem professores, orientadores e diretores trabalhando ao longo do ano para evitar as retenções.
Por isso, organizam-se para traçar planos e estratégias de recuperação dos alunos com rendimento insatisfatório.
Além disso, em parceria com as famílias, buscam, ao longo do ano, sanar essas dificuldades com a recuperação contínua.
Na maioria dos casos, com base neste contexto, poucos alunos no término do ano estão com a situação complicada, e efetivamente com risco de repetir de ano.
O planejamento e o acompanhamento dos alunos são fundamentais para evitar a reprovação.
Críticas
Ao criticar uma criança, um adolescente, ele não deixa de te amar. Ele deixa de se amar.
O risco da retenção aumenta ainda mais a sensação de fracasso do estudante.
Por isso, a família e os profissionais da educação que o acompanham precisam ser assertivos.
Precisam, juntos, darem foco para as dificuldades do aluno, evitando atacá-lo como preguiçoso, indisciplinado.
Esse é o momento em que muitos alunos se sentem fragilizados.
E eles precisam muito mais acreditar que são capazes do que alimentar esse estigma de serem fracassados, de sempre errar.
Então, é fundamental ressignificar este momento, como uma oportunidade de aprender, de rever aquilo que não foi compreendido, principalmente através de novas estratégias.
Nem tudo está perdido.
Ainda dá tempo de recuperar o baixo rendimento para não repetir de ano.
Formação global
Geralmente os colégios avaliam o aluno como um todo.
Então, mesmo que ele tenha dificuldade em uma disciplina, mas tenha condições em outras, o colégio avalia caso a caso.
E tem sempre um olhar especial para avaliar esse aluno no conjunto.
Reprovar nem sempre é a solução.
Entretanto, aprovar o estudante que não tem condições de prosseguir no ano seguinte é ainda pior.
Por isso, a comunicação com o professor é essencial.
O aluno, neste momento, precisa seguir o plano de estudos oferecido pela escola, comparecer em todos os momentos que a escola propicia.
Dicas para recuperação
– O aluno deve identificar quais são as dificuldades dele. Deve fazer essa análise com o auxílio do colégio e da família.
– Com base nas falhas que cometeu, é necessário traçar metas diárias, como criar o hábito de estudo.
– É preciso ter paciência e aumentar o ritmo gradualmente, para que o estudo se torne sustentável.
– Providenciar um local apropriado para estudar: longe da TV, sem celular – pra evitar distrações -, com boa luz, sentando-se com a coluna ereta.
– Os pais devem supervisionar o estudo. Incentivar e supervisionar se o aluno está de fato estudando.
– E não devem esperar o problema crescer para tomar as medidas necessárias.
Repetir de ano
Não é o momento de buscar culpados, mas de recuperar o que foi perdido.
E como a família pode ajudar neste momento?
Não só cobrando do aluno, mas supervisionando.
Fazendo uma parceria.
Checando se as tarefas foram realizadas, ajudando o aluno a entender quais são as suas dificuldades.
Outra questão muito importante é repensar as estratégias do ano seguinte.
Se o aluno apresentou muitas dificuldades ao longo deste ano letivo, evidentemente, essas falhas de aprendizagem vão aparecer no ano seguinte porque muitos conteúdos exigem pré-requisitos.
Dessa forma, algumas habilidades precisam ser desenvolvidas para que outras possam ser adquiridas.
Portanto, é necessário que a família e o aluno se reorganizem para o ano seguinte, para que se evite a repetição dos padrões que levaram ao risco da retenção.
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