Rendimento escolar: o que fazer quando seu filho não vai bem
Rendimento escolar: o que fazer quando seu filho não vai bem nos estudos
Há muitas razões que podem fazer com que um aluno tenha dificuldade na escola. Uma delas é não estudar de forma correta.
Pensando nisso, o professor Edvaldo Pereira Lopes, coordenador
do Ensino Fundamental da Oficina do Estudante, dá algumas dicas.
Compreender
Muitos alunos com dificuldade de aprendizagem têm uma ideia fixa de decorar as matérias. Mas, memorizar nem sempre é o caminho.
O ideal é que o aluno compreenda o conteúdo e compartilhe o que aprendeu.
Isso porque toda vez que alguém ensina o que aprendeu, faz novas conexões cerebrais, e, por consequência, aprende mais.
Grifar o texto
Muitas vezes, os alunos grifam os textos aleatoriamente, acreditando que essa é uma boa estratégia de estudo.
Mas, nem sempre grifar, sem uma sistematização, ajuda o aluno a compreender e a melhorar o entendimento.
“A dica é grifar palavras-chave. Grifar aquela palavra que vai remeter a uma situação, a um processo”, afirma o professor.
Por exemplo, em um texto de História, que trata de um rei que tinha poderes totais, controle sobre tudo e todos, as palavras ‘rei, poder e controle’ são palavras-chaves que remetem a um contexto.
Mapa mental
E é a partir dessas palavras-chaves, que podem ser grifadas no livro, na apostila, que o aluno pode criar um mapa mental.
“Ele pode e deve usar canetas coloridas, dispondo essas palavras em uma folha de sulfite e criando conexões entre elas, de modo que sistematize o conteúdo e consiga ver todo o contexto”, acrescenta Lopes.
Vídeos
Nesta era de redes sociais, os vídeos são uma ferramenta indispensável para auxiliar na aprendizagem.
Entretanto, o estudante precisa de muita disciplina para não se perder, abrindo outro vídeos e dispersando-se.
“O ideal é utilizar os vídeos sugeridos pelo professor”, declara o docente.
O aluno deve ainda acompanhar esses vídeos com anotações porque isso aumenta o foco.
“Não deve tentar copiar exatamente o que o professor diz, mas entender o que está sendo abordado e resumir em palavras-chaves. Assim fica muito mais fácil manter o foco no vídeo e acionar várias partes do cérebro”.
Ainda sobre essas palavras-chaves, deve sempre escrevê-las com as próprias palavras.
“Isso tende a aumentar a concentração”.
A tendência do aluno durante a aula é perder a atenção quando ele fica mais cansado. Então, se ele se propõe a realizar essas anotações, terá mais foco na aprendizagem.
Incentivo
Os pais devem ajudar os filhos valorizando as atividades que os estudantes se destacam.
“Às vezes os pais focam muito mais no que falta para preencher o copo no que o copo já tem. E isso acaba desmotivando muito o aluno porque só se dá ênfase naquilo que ele precisa melhorar. Mas, o estudante precisa é de encorajamento”, afirma Lopes.
Dessa forma, devem respeitar a individualidade dos filhos, não os comparando com outros.
Não há nada mais desestimulador do que comparar pessoas que têm potencialidades diferentes.
Planejamento semanal
Essa estratégia traz para o estudante uma rotina fixa.
Nela, coloca-se o que o aluno deve fazer, de segunda a domingo.
Esse planejamento deve abordar o tempo das aulas e do contra-período (todas as atividades extras, incluindo esporte e lazer).
Nesse diário é preciso reservar tempo para estudar a matéria do dia, fazer a lição de casa e os trabalhos escolares. E, ainda, para estudar as disciplinas que ele tem mais dificuldade.
Rendimento escolar: Expectativas realistas
Alimentar altas expectativas traz muitas frustrações para o estudante.
O ideal é que ele estipule expectativas reais.
Um estudante que tem um rendimento médio e já que ir para o de alta performance fica desiludido, desanimado, quando não consegue passar de uma nota mediana para uma nota alta.
Por isso, manter expectativas reais é essencial.
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