Comunicação Não Violenta (CNV) dos pais com os filhos

Comunicação Não Violenta (CNV) dos pais com os filhos

Em tempos de pandemia (ainda mais no cenário atual), em que é aconselhável só sair de casa em extrema necessidade, a Comunicação Não Violenta (CNV) é fundamental para garantir uma convivência sadia e a boa interação familiar. Doutora em Artes Visuais pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e mestre em Comunicação Midiática pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), a professora do Centro Universitário UniMetrocamp, Roberta Steganha esclarece que a CNV é uma forma mais verdadeira de se relacionar por meio da empatia.

O assunto, com foco específico no diálogo dos pais com os filhos, foi tema de um encontro realizado em 16 de março, e transmitido ao vivo na TV Oficina, o canal da Oficina do Estudante no YouTube. Na oportunidade, a professora doutora informou que a técnica foi sistematizada pelo psicólogo norte-americano Marshall Rosenberg, na década de 60. Explicou ainda que a CNV tem quatro bases: separar fatos de julgamentos; reconhecer as emoções desconfortáveis; revelar necessidades que não estão sendo atendidas; e firmar um acordo que viabilize a convivência futura.

Frisou também que a CNV é objeto de estudo da Psicologia, num contexto mais teórico, e da Comunicação, com análise por um viés mais prático. No cenário atual, pontuou que, mais do que nunca, algumas perguntas são necessárias. “Como estamos nos comunicando? Como estamos conversando com nossos filhos? Será que isso está sendo feito de maneira adequada?” questionou.

Definiu que comunicar é transmitir uma mensagem. “Esse ato faz parte da essência humana, porque o homem por natureza é um ser social”, contextualizou, reforçando que a evolução para o estágio atual do ser humano, só foi possível porque ele utilizou técnicas de comunicação para disseminar conhecimento e trabalhar em equipe, entre outros.

Roberta chamou a atenção que se comunicar parece fácil. Porém, não é! Exemplificou citando a brincadeira infantil do “Telefone sem fio”. A dinâmica é passar uma mensagem por uma sequência de participantes e verificar como a informação inicial foi transmitida no final. Geralmente, há ruídos no processo e o recado ou notícia chegam distorcidos.

“Qualquer processo comunicacional é complexo, seja dentro da casa pedindo para o filho buscar um copo de água ou seu chefe te passando informações acerca de um relatório a ser feito”, disse. A explicação é a necessidade de equacionar diversas variáveis, que podem interferir e levar a uma errônea compreensão da mensagem. “Tudo isso se agrava, num momento em que as pessoas estão deixando de ouvir o contraditório”, comenta.

Segundo a especialista, “grande parte dos conflitos podem ser causados mais pela forma com que expomos nossas ideias do que pelas diferenças de opinião”. Roberta fala também sobre condicionantes como pré-conceitos e empatia (ou a falta dela) e garante: “é melhor saber ouvir do que estar sempre certo!”.

O evento contou ainda com a participação do professor e coordenador Edvaldo Pereira Lopes, o Ed, e da psicóloga e orientadora pedagógica Priscila Gil Neto, integrantes da equipe de coordenação do Ensino Fundamental 2 da Unidade Brasil do Colégio Oficina do Estudante.

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