Filosofia de Foucault impulsiona redação do Enem
A filosofia, enquanto arte de fazer perguntas, colabora com o desenvolvimento da redação, porque permite estabelecer os agentes envolvidos em uma dada situação, as condições de produção de um cenário social, e as forças políticas e econômicas que atuam nos conflitos subjacentes.
Sociedade disciplinar
Na obra “História da loucura na Idade Média” (1961), o francês Michel Foucault (1926-1984) tece uma crítica às internações psiquiátricas, sobretudo, a partir dos pressupostos dos procedimentos adotados em leprosários ao longo dos anos. O autor discute como o isolamento social, o abandono e a precariedade acompanham a vida dos pacientes com doença mental. A partir da leitura, é possível desconstruir as práticas adotadas pelos manicômios no Brasil. Para o filósofo, o controle social é imposto ao corpo, o que abrange noções como sexualidade, saúde mental, poder e punição.
Presídios são as soluções para segurança pública?
Em “Vigiar e punir: história da violência nas prisões” (1975), aborda-se o conceito de panóptico, um termo descrito pelo filósofo Jeremy Bentham no século 18. A premissa é de que, a partir dos mecanismos de vigilância, catalisados por uma série de técnicas, acompanha-se cada movimento dos grupos sociais, o que desencadeia a opressão. Por trás da imposição de normas, chancela-se um determinado discurso, que estabelece o processo histórico, pelo qual se vivencia. O Estado e a religião, entre os exemplos, reforçam a narrativa em torno das instâncias de domínio.
Temas contemporâneos
O pensamento do filósofo pode ser dirigido a argumentos sobre gênero, mídias sociais, biometria, reconhecimento facial, espionagem digital, entre outras possibilidades.
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