Atualidades / Biologia para o Enem e Vestibulares: varíola do macaco
Considerando que a varíola do macaco é uma doença autolimitada, ainda é difícil prever como ela pode aparecer no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e nos principais vestibulares. No entanto, vale a pena conhecer e estudar os mecanismos de transmissão e as principais medidas profiláticas (ações para impedir ou reduzir a transmissão) da doença. Outra possibilidade é sua comparação com a varíola humana. A análise é do professor de Biologia do Curso Pré-Vestibular da Oficina do Estudante de Campinas (SP), Gustavo Camacho, o popular “Gusta”.
O educador informa que as primeiras colônias de macacos contaminados foram descobertas na década de 1950, com um vírus similar ao da varíola de humanos, daí o surgimento do nome da doença. Explica que a transmissão ocorre por meio do contato com lesões, fluídos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados.
“Dentre os principais sintomas, é importante destacar o aparecimento de pústulas (bolhas) na pele e febre alta, além de fraqueza, inchaço nos linfonodos e dores no corpo”, completa.
Saber as definições é importante!
Ainda em meio a pandemia da Covid-19, Camacho esclarece que a varíola do macaco é uma doença viral endêmica (recorrente em certa região) das florestas da África central e ocidental. Pontua que está ocorrendo, entretanto, um aumento súbito do número de casos – pequenos surtos – fora da África, em regiões como Europa, por exemplo, onde a doença não é típica. Isso sugere que pode estar havendo uma transmissão comunitária da doença.
“Apesar de não ser tão incidente no Enem e nos vestibulares, saber a definição de surto, epidemia e pandemia é relevante para que o aluno entenda o comportamento de uma série de doenças que têm maior probabilidade de serem cobradas. Por exemplo, o fato da malária poder ser endêmica e o SARS-Cov-2 ter se tornado pandêmico”, aconselha.
Aspectos biológicos…
No que diz respeito a quais aspectos da biologia os estudantes devem se atentar, tratando-se da varíola do macaco, Camacho ressalta que é um vírus de DNA, que pode se multiplicar nos linfonodos e mucosas, causando ainda o surgimento de erupções secundárias na pele.
“A vacina humana também parece poder conferir proteção cruzada contra a varíola do macaco”, frisa.
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