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Revolução xiita no Irã

07 de Janeiro de 2020

Por Rainer Sousa/ Brasil Escola

A recente história política do Irã demonstra como as relações de poder e os interesses econômicos entre Ocidente e Oriente estão marcados pelo signo da desconfiança. Durante muito tempo, em virtude de suas valiosas reservas petrolíferas, o Irã esteve sob a influência de outras nações, como a Rússia e a Inglaterra. Muitas vezes, a exploração das ricas fontes petrolíferas do país era o pivô central de uma relação nem sempre estável.

Golpe militar de Reza Khan
O primeiro abalo deferido contra essa situação aconteceu no início da década de 1920, quando o golpe militar liderado por Reza Khan encerrou o controle da dinastia Kajar. À frente do governo iraniano, Reza Khan mudou seu nome para Reza Pahlevi e alterou o nome da nação de Pérsia para Irã. Com isso, ele buscava levantar símbolos políticos que sugerissem a experimentação de uma nova era, distante da intervenção estrangeira.

Fim do Governo de Reza Pahlevi
Contudo, na Segunda Guerra Mundial, a soberania política iraniana foi alvejada com uma invasão de tropas inglesas e russas em busca de petróleo. Além disso, essa mesma invasão teria sido motivada pelos preocupantes diálogos que aproximavam o governo de Reza Pahlevi e os regimes totalitaristas europeus. Acuado, o chefe político iraniano decidiu abandonar o cargo e deixar o Irã sob os cuidados de seu filho, Mohammad Reza Pahlevi.

A alteração do cenário político agradava enormemente as nações ocidentais, tendo em vista os vários esforços de Mohammad de modernizar a economia nacional e estreitar as relações com o bloco capitalista. Contudo, em 1951, o primeiro-ministro eleito, Mohammad Mossadegh, provocou uma nova mudança ao impor a nacionalização do petróleo iraniano. A iminente ameaça aos seus interesses econômicos impulsionou os EUA a organizarem um golpe político. Com isso, houve a derrubada de Mossadegh e o retorno de Mohammad Reza Pahlevi como ditador do Irã.

Combate à ocidentalização do Irã
Na década de 1970, a continuidade do processo de ocidentalização do Irã passou a ser veementemente combatida pela população muçulmana xiita. De orientação fundamentalista, os partidários desse movimento de oposição contra o regime de Reza Pahlevi cresceram graças à forte atuação do líder religioso do aiatolá Ruhollah Khomeini. Mesmo exilado, conseguia enviar mensagens que instigavam a realização de protestos, greves e outras manifestações de repúdio.

Em 1979, a intensificação do movimento conseguiu impor a derrubada da ditadura de Reza Pahlevi e o retorno de Khomeini para a sua terra natal. Colocado como o Líder Supremo da nação, o aiatolá afastou a intervenção ocidental e privilegiou a retomada dos costumes e políticas subordinadas às tradições de fundo religioso. Dessa forma, o Irã transformou-se em uma teocracia marcada por alguns elementos democráticos e, ao mesmo tempo, de natureza republicana.

Revolução Iraniana
A chamada Revolução Iraniana tentou ser barrada pelos EUA, que instigaram os vizinhos iraquianos a invadir o território. Contudo, mesmo com o apoio recebido, as tropas antirrevolucionárias não conseguiram interromper o processo que se desenrolava. Ainda hoje, sendo controlados por uma elite religiosa, os iranianos sustentam um discurso oficial de aversão explícita aos EUA.


Por Rainer Sousa/ Brasil Escola

A recente história política do Irã demonstra como as relações de poder e os interesses econômicos entre Ocidente e Oriente estão marcados pelo signo da desconfiança. Durante muito tempo, em virtude de suas valiosas reservas petrolíferas, o Irã esteve sob a influência de outras nações, como a Rússia e a Inglaterra. Muitas vezes, a exploração das ricas fontes petrolíferas do país era o pivô central de uma relação nem sempre estável.

Golpe militar de Reza Khan
O primeiro abalo deferido contra essa situação aconteceu no início da década de 1920, quando o golpe militar liderado por Reza Khan encerrou o controle da dinastia Kajar. À frente do governo iraniano, Reza Khan mudou seu nome para Reza Pahlevi e alterou o nome da nação de Pérsia para Irã. Com isso, ele buscava levantar símbolos políticos que sugerissem a experimentação de uma nova era, distante da intervenção estrangeira.

Fim do Governo de Reza Pahlevi
Contudo, na Segunda Guerra Mundial, a soberania política iraniana foi alvejada com uma invasão de tropas inglesas e russas em busca de petróleo. Além disso, essa mesma invasão teria sido motivada pelos preocupantes diálogos que aproximavam o governo de Reza Pahlevi e os regimes totalitaristas europeus. Acuado, o chefe político iraniano decidiu abandonar o cargo e deixar o Irã sob os cuidados de seu filho, Mohammad Reza Pahlevi.

A alteração do cenário político agradava enormemente as nações ocidentais, tendo em vista os vários esforços de Mohammad de modernizar a economia nacional e estreitar as relações com o bloco capitalista. Contudo, em 1951, o primeiro-ministro eleito, Mohammad Mossadegh, provocou uma nova mudança ao impor a nacionalização do petróleo iraniano. A iminente ameaça aos seus interesses econômicos impulsionou os EUA a organizarem um golpe político. Com isso, houve a derrubada de Mossadegh e o retorno de Mohammad Reza Pahlevi como ditador do Irã.

Combate à ocidentalização do Irã
Na década de 1970, a continuidade do processo de ocidentalização do Irã passou a ser veementemente combatida pela população muçulmana xiita. De orientação fundamentalista, os partidários desse movimento de oposição contra o regime de Reza Pahlevi cresceram graças à forte atuação do líder religioso do aiatolá Ruhollah Khomeini. Mesmo exilado, conseguia enviar mensagens que instigavam a realização de protestos, greves e outras manifestações de repúdio.

Em 1979, a intensificação do movimento conseguiu impor a derrubada da ditadura de Reza Pahlevi e o retorno de Khomeini para a sua terra natal. Colocado como o Líder Supremo da nação, o aiatolá afastou a intervenção ocidental e privilegiou a retomada dos costumes e políticas subordinadas às tradições de fundo religioso. Dessa forma, o Irã transformou-se em uma teocracia marcada por alguns elementos democráticos e, ao mesmo tempo, de natureza republicana.

Revolução Iraniana
A chamada Revolução Iraniana tentou ser barrada pelos EUA, que instigaram os vizinhos iraquianos a invadir o território. Contudo, mesmo com o apoio recebido, as tropas antirrevolucionárias não conseguiram interromper o processo que se desenrolava. Ainda hoje, sendo controlados por uma elite religiosa, os iranianos sustentam um discurso oficial de aversão explícita aos EUA.